Estudo químico e biológico de produtos naturais das espécies Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. e Chamaecrista diphylla (L.) Moench
Stryphnodendron, Taninos, Atividade citotóxica, Ação antibacteriana, Toxicidade aguda dérmica, UHPLC-MS/MS, rede molecular, desreplicação, antioxidantes, moléculas bioativas.
A Química de Produtos Naturais tem se destacado como uma das principais áreas para o estudo de metabólitos secundários bioativos de vegetais. Plantas da família Fabaceae como Stryphnodendron pulcherrimum e Chamaecrista diphylla tem atraído interesse biológico, visto que ambas espécies estão presente na Amazônia brasileira, e possuem atribuições empíricas para tratar diversas enfermidades. Neste sentido, este estudo investigou a composição química, atividade antibacteriana e citotóxica in vitro e in vivo do extrato das cascas de S. pulcherrimum (Artigo 1). Além disso, por meio de cromatografia líquida de ultra performance acoplada a espectrometria de massa de alta resolução (UHPLC-MS) e ferramentas para metabolômica (GNPS), investigou-se a composição química do extrato das folhas de S. pulcherrimum (Artigo 2) onde buscou-se os principais metabólitos bioativos. Ainda por meio de UHPLC-MS e GNPS, analisou-se a composição química e a atividade antioxidante (ORAC) do extrato e compostos isolados das folhas de C. diphylla (Artigo 3). O extrato das cascas de S. pulcherrimum apresentou derivados de catequina e para este atestou-se excelente atividade antibacteriana in vitro contra Staphylococcus aureus e nenhuma toxicidade dérmica aguda in vivo, com melhores resultados que o controle positivo (Colagenase). No extrato das folhas foram caracterizados vários tipos de compostos fenólicos, derivados de ácidos gálico, flavan-3-ols e flavonas. Destes compostos, 5 foram relatados recentemente por nosso grupo, enquanto 44 são relatados aqui pela primeira vez nesta espécie e 41 (de 49) para este gênero. Para a espécie C. diphylla, ao todo, 35 compostos foram relatados e 32 (de 35) pela primeira vez no gênero. Além disso, duas cromonas (9 e 12) e duas antraquinonas (24 e 33) apresentaram excelente capacidade antioxidante. No geral, estes resultados apresentam e destacam as espécies S. pulcherrimum e C. diphylla como fonte renovável de produtos naturais bioativos assim como subsidia projetos futuros com estas espécies e potenciais aplicações na indústria farmacêutica.