ESTUDO DO POTENCIAL DE APROVEITAMENTO DO RESÍDUO MADEIREIRO DA ESPÉCIE Bagassa guianensis AUBL.
Resíduo. Bagassa guianensis. Antioxidante. Bioproduto. Estilbeno. Flavonoide. Moracina.
A escassez de matérias primas associada a fatores ambientais tem motivado o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias a partir do uso de resíduos agroindustriais. Neste trabalho, buscou-se avaliar o potencial de aproveitamento do resíduo madeireiro da espécie Bagassa guianensis, na obtenção de compostos bioativos e o uso do extrato etanólico como bioproduto, para o combate ao estresse oxidativo. O estudo fitoquímico através de técnicas analíticas modernas, como CCDAE, CLAE, CG-EM e RMN, permitiram o isolamento e identificação de 38 substâncias, dentre estas, destacam-se os compostos bioativos trans-resveratrol, trans-oxiresveratrol, moracina N, deoxinojirimicina, estepogenina e diidromorina, por comporem a fração ativa de diversos cosméticos, fármacos e produtos nutracêuticos, ressaltando assim, a importância econômica do resíduo gerado. A permanência destes ativos, mesmo após o processamento da madeira, indica a viabilidade do seu aproveitamento, o que permitirá agregar valor à cadeia produtiva da espécie. A análise da capacidade antioxidante dos extratos, apontou uma importante ação do extrato etanólico frente as soluções de radicais DPPH• e ABTS+•, com IC50 23.71 e 5.79 µg/mL respectivamente, que associado aos compostos bioativos identificados neste, permite classificar o extrato etanólico do resíduo madeireiro de B. guianensis, como um potencial bioproduto.