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Banca de DEFESA: JULIANA PANTOJA OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA PANTOJA OLIVEIRA
DATA: 17/09/2020
HORA: 09:00
LOCAL: PPGQ
TÍTULO:

DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL DE COMPOSTOS ISOLADOS DE FOLHAS DE Varronia multispicata (Cham) Borhidi E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA, ANTI-INFLAMATÓRIA E IMUNOMODULADORA


PALAVRAS-CHAVES:

Varronia multispicata, flavonoides, triterpenos, imunomodulador


PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
SUBÁREA: Química Orgânica
ESPECIALIDADE: Química dos Produtos Naturais
RESUMO:

Varronia multispicata é uma planta medicinal, ainda tratada pelos botânicos como sinonímia de Cordia multispicata pertencente à família Boraginaceae, sendo que estudos morfológicos, análise de DNA, têm sido utilizados como suporte para a distinção das espécies. A distribuição de V. multispicata é restrita ao Brasil e utilizada na medicina popular como expectorante e para contusão. A fim de contribuir para distinção efetiva das duas espécies, foram isolados e identificados por meio de técnicas de Cromatografia líquida de Alta Eficiência (CLAE), Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Espectometria de Massas (EM), nove compostos oriundos de três frações em sistemas de solventes diferentes originados a partir do Extrato Etanólico das Folhas de V. multispicata (EEFV). Estes compostos pertencem às classes de metabolitos secundários mais importantes para terapêutica: Flavonoides e Terpenos; do total de nove compostos, quatro são inéditos na literatura. Após análise fitoquímica do EEFV, foram realizados ensaios biológicos in vivo, começando pela toxicidade oral aguda (TA). A atividade antinociceptiva foi avaliada usando o teste de contorção induzida por ácido acético (TC), teste de formalina (TF) e teste da placa quente (PQ) em camundongos, enquanto que a atividade anti-inflamatória foi realizada pelos testes de edema de pata induzido por carragenina (EPC) e dextrana (EPD) em ratos. Além disso, o efeito sedativo do EEFV foi investigado pelo teste do campo aberto (CA). TA (n= 5/grupo): grupo de teste recebeu EEFV por via oral (vo) na dose de 2000 mg/kg, GC, morfina (4 mg/kg, s.c) incluindo estes três grupos associados à naloxona (0.4 mg/kg, s.c). PQ (n= 6/grupo): EEFV (242,66 mg/kg), GC e morfina (10 mg/kg, s.c). CA (n= 10/grupo): EEFV (242,66 mg/kg) e GC. EPC (n= 6/grupo): EEFV (242,66 mg/kg), GC e indometacina (10 mg/kg). EPD (n= 6/grupo): EEFV (242,66 mg/kg), GC e ciproeptadina (10 mg/kg). O comitê de ética (CEPAE 62-2015) aprovou todos os procedimentos. A análise estatística foi realizada utilizando o teste t de Student e ANOVA de uma via de teste post hoc de Tukey. P<0.05-0.001 foram considerados como estatisticamente significativos. A administração de EEFV (2000 mg/kg) mostrou um perfil de baixa toxicidade. Em TC produziu redução dose-dependente da concentração da resposta de contorções em 27.36, 38.05, 46.54 e 55.98%, respectivamente, comparando com o efeito da indometacina (73.3%), com 242.66 mg/kg como dose efetiva mediana (DE50), não interferiu no tempo de latência na PQ, bem como na atividade locomotora espontânea em CA. Em EPC e EPD, EEFV (DE50) não inibiu a formação de edema ao longo do tempo. O EEFV mostrou ausência da atividade antinociceptiva; e discreta atividade anti-inflamatória no ensaio de edema induzido por carragenina. A fração metanólica (FR11) e um canferol glicosilado (FG2), oriundos do EEFV, foram avaliados quanto à atividade imunomoduladora. A FR11 manteve as células viáveis com (CC50) de 358.0 µg/mL, aumentou a capacidade fagocítica, aumentou NO, mas na presença de LPS reduziu o NO, apresentou efeito hiper proliferativo, e na presença do mitógeno manteve o efeito proliferativo, porém em menor quantidade. O composto FG2 manteve as células viáveis com (CC50) de 27.71 µg/mL, aumentou a capacidade fagocítica, aumentou a liberação de NO na menor concentração, e na presença de LPS promoveu liberação de NO em valores constantes em todas as concentrações, apresentou efeito proliferativo, mas na presença do mitógeno teve diminuição nesse efeito. Deste modo, tanto a FR11 quanto o composto FG2 apresentaram excelente resultados imunomoduladores in vitro, a FR11 mostrou ser mais promissora neste estudo inicial como um composto imunoestimulador.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4314092 - MILTON NASCIMENTO DA SILVA
Interno - 327009 - MARA SILVIA PINHEIRO ARRUDA
Externo ao Programa - 326631 - ALBERTO CARDOSO ARRUDA
Externo ao Programa - 2864838 - CONSUELO YUMIKO YOSHIOKA E SILVA
Externo ao Programa - 2354819 - ENEAS DE ANDRADE FONTES JUNIOR
Externo ao Programa - 1682681 - MARTA CHAGAS MONTEIRO
Notícia cadastrada em: 16/09/2020 17:12
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