ESTUDO QUÍMICO DE ÓLEOS FIXOS DA POLPA DO TUCUMÃ-DO-PARÁ DE DIFERENTES LOCALIDADES (Astrocaryum vulgare Mart.).
Tucumã; Óleo vegetal; Qualidade do óleo; Amazônia.
A Amazônia possui uma diversidade de espécies vegetais frutíferas e comestíveis disponíveis ao homem, possuindo em suas estruturas (polpa, casca, semente, talos), propriedades físicoquímicas, com um aparato nutricional, e com enorme potencial terapêutico para os mais diversos tratamentos. O Astrocaryum, o gênero o qual, pertence o fruto, conhecido popularmente como tucumã, é uma fruta típica amazônica, localizada principalmente na região norte do Brasil e próprio de ecossistemas tropicais da região Central e Américas do Sul, possuindo 40 espécies, encontradas em 12 países, com 26 localizadas no Brasil. Seus frutos e sementes fazem parte da dieta humana e animal, com alto teor de nutrientes, vitaminas e antioxidantes, auxiliando na saúde e prevenção de diversas doenças, sendo consumida in natura ou na preparação de doces, sorvetes e licores por comunidades ribeirinhas. Baseando-se na potencialidade do fruto, o objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades físico-químicas, bioativas e minerais no óleo fixo extraído do endocarpo do tucumã e comparar a qualidade do óleo coletadas de diferentes regiões do Pará. O fruto foi coletado em 11 regiões distintas, sendo que, foram concentradas coletas na região do município de Barcarena para comparação das amostras obtidas de regiões não pertencentes a Barcarena. No total, foram 44 amostras coletadas, sendo 25 na região de Barcarena, e 19 em outras regiões. Os resultados obtidos foram tratados por meio da estatística descritiva e multivariada e comparados com os valores de referência de acordo com a INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N° 87, DE 15 DE MARÇO DE 2021 da Agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA) para os índices de acidez e peróxido e com a literatura. Comparando as médias dos índices de acidez e peróxidos entre os grupos de Barcarena e outras regiões, foi obtido maior média para índice de acidez e peróxido para o grupo de Barcarena de 4,053 mg de KOH/g e 8,443 mEq/kg, respectivamente. Para os compostos bioativos, a maior média para vitamina C foi registrada para as amostras de outras regiões de 71,3 mg/100g, enquanto que, fenóis totais, flavonoides e carotenoides, a maior média ficou para Barcarena com valores de 154,372 mgGAE/100g, 52,048 mg.100g-1 e 1,073 mg.100g-1 respectivamente. de acordo com teste t, 6 variáveis apresentaram diferenças significativas entre as médias de Barcarena e outras regiões, denotando que a qualidade dos óleos tem podem ter influência direta e indireta da região geográfica, e similaridades entre as amostras de regiões próximas mostradas nas multivariadas PCA e HCA.