Uso da Realidade Aumentada no Ensino Médio: Um Estudo de Caso aplicado às Ciências Exatas contextualizado ao Ciclo de Queimadas na Amazônia.
Computação na Educação, Realidade Aumentada, Ensino Remoto, Meninas nas Ciências Exatas.
A Realidade Aumentada vem sendo utilizada em diferentes áreas de conhecimento, tais como: medicina e saúde, arquitetura e projetos, artes e educação, onde surge como um recurso da Computação para atender às possíveis necessidades dos professores, pois possibilita a mescla de informações virtuais em objetos do mundo real. Sendo assim, a Realidade Aumentada pode ajudar no ensino de disciplinas que abrangem conteúdos mais abstratos como Ciências e Matemática, principalmente nesse período de Ensino Remoto Emergencial, onde professores e alunos tentam adaptar-se a esse novo contexto educacional.
Este trabalho apresenta uma proposta para a implementação de um projeto interdisciplinar, para o ensino de Ciências no ensino médio, utilizando recursos de Realidade Aumentada para alunos que precisarão de recuperação escolar nas disciplinas de Química, Física e Matemática. O projeto é baseado na abordagem Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente, que objetiva apresentar e desenvolver o senso crítico dos estudantes sobre a Ciência, a Tecnologia, a Sociedade e o Meio Ambiente. As atividades serão contextualizadas à realidade dos alunos, por meio de uma sequência didática, focada no ciclo de queimadas na Amazônia, considerando que o público-alvo do projeto são estudantes e professores de escolas públicas da região amazônica. Iniciativas como essas são extremamente importantes para o período atual, principalmente para alunos que encontram dificuldades em se adaptar ao Ensino Remoto, sejam por questões socioeconômicas ou metodológicas, e acabaram precisando de recuperação escolar. Para alcançar os resultados esperados, construiu-se uma ferramenta online de Realidade Aumentada, intitulada "CienciAR", para subsidiar a execução do projeto junto aos alunos e professores. Espera-se com esse trabalho, contribuir para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, minimizando as possíveis barreiras que o ensino remoto adicionou à educação, assim como atrair o público do ensino médio, principalmente o feminino, para o ingresso nos cursos de Computação, favorecendo assim as ações da Sociedade Brasileira de Computação, como o Meninas Digitais, que visam o ingresso de meninas nas Ciências Exatas.