Um estudo de caso sobre inovação em uma empresa de software paraense
inovação; desenvolvimento de software; estudo de caso
A indústria de software tem sido uma grande impulsionadora da inovação para a indústria (União Europeia, 2017; Olsson e McQueen, 2000), possibilitando a criação de soluções que ajudam a resolver problemas críticos e trazer melhorias em diversos segmentos como governo, finanças, segurança, varejo e muitos outros (Pikkarainen et al, 2011). As empresas que desenvolvem software podem ser consideradas agentes importantes no processo de inovação, pois criam tecnologias que proporcionam transformações e evoluções na indústria. No entanto, as empresas de software também precisam inovar para se manterem competitivas. No entanto, inovar não é uma tarefa simples (MIT, 2022) e os fatores que motivam ou afetam o processo e os resultados da inovação em uma empresa dependem de fatores internos e externos (Damanpour, 1991; Drucker, 1985; OCDE 2018, pág. 146).
Vários pesquisadores têm realizado estudos sobre o desenvolvimento de iniciativas de inovação em grandes empresas de software (Dahlander e Wallin, 2006; Pinchot, 1985; Jung e Lee, 2011; Huyskens e Loebbecke, 2007). Pesquisadores como Tufan (2007), Kumar, et al. (2014), e Sabine e Ehrenmann (2013), realizam estudos sobre iniciativas de inovação de software em PMEs, demonstrando a importância de estudos que identifiquem as características do desenvolvimento da inovação nessas empresas para ajudar outras PMEs a melhorarem sua capacidade de inovação. Lima e Müller (2017) estudaram iniciativas de inovação de algumas PMEs na Amazônia e destacaram a dificuldade dessas empresas em acessar mercados mais amplos e centros de pesquisa e desenvolvimento. A partir disso eles reforçaram a importância da realização de mais estudos sobre as empresas da região.
Nesse contexto, observou-se a oportunidade da realização de um estudo de caso sobre a jornada de inovação de uma empresa de software inserida no ecossistema de inovação e empreendedorismo na Amazônia. Isso é feito por meio da realização de um estudo qualitativo que descreve as atividades de inovação (OCDE 2018, p. 68) realizadas pela empresa e como essas atividades foram afetadas por fatores internos e externos, principalmente os ecossistemas onde a empresa está instalada localmente e conectada remotamente.