FRAGAMES: Um Framework para Avaliação da Gamificação em Engenharia de Software
Gamificação, Avaliação, Engenharia de Software
A gamificação tem sido usada para motivar e envolver os participantes nas atividades de ensino e prática de engenharia de software. Existe uma demanda significativa por estudos empíricos para a compreensão dos impactos e da eficácia da gamificação. No entanto, a falta de procedimentos e modelos padronizados para a avaliação da gamificação é um desafio ao planejamento, à comparação e ao relato de resultados relacionados à avaliação das abordagens de gamificação. Por isso, o objetivo principal desta pesquisa é definir e propor procedimentos padronizados para a avaliação da gamificação em engenharia de software. Para isso, realizou-se uma revisão sistemática da literatura com o intuito de analisar o estado-da-prática da avaliação da gamificação em engenharia de software. A partir desta análise, e do modelo de avaliação GQiM, construi-se um framework para a avaliação da gamificação em engenharia de software, composto por entidades genéricas e fases de avaliação. Em seguida, foram realizadas duas provas de conceito e uma revisão por pares, para verificar e avaliar a adequabilidade do framework na instanciação de avaliações por meio de uma análise reversa da avaliação de dois estudos primários. Por último, foram realizados dois estudos de casos, onde foram aplicadas duas abordagens gamificadas que utilizaram o framework para desenhar suas abordagens avaliativas, para validar o uso do framework. Com a realização desta pesquisa, viu-se que: (1) não há modelos em uso para apoiar a avaliação da gamificação, e portanto não há padronizaçao no design, análise de dados e reporte da avaliação da gamificação em engenharia de software; (2) devido a isso, foi necessário desenvolver um framework para a avaliação da gamificação; (3) o framework desenvolvido é adequado para a instanciação de avaliações antigas e novas. No entanto, ainda é preciso: (1) realizar novas instanciações do framework para que ele seja validado, e que se confirme sua utilidade quanto a geração de dados empíricos replicáveis e comparáveis; (2) investigar e recomendar formas de análise de resultados; e (3) construir uma base de dados comum, para agilizar as etapas de sumarização e análise de resultados, bem como permitir a comparação de diferentes estudos.