Tons e entretons do feminicídio: a (in)visibilidade de mulheres negras interseccionadas por racismo e sexismo ante o sistema de acesso à justiça na Região Metropolitana de Belém.
Palavras-chave. Feminicídio. Interseccionalidade. Racismo. Sexismo.
Mulheres negras são brutalmente interseccionadas por racismo e sexismo, enquanto matrizes de opressão, condição esta, que as situa na base da pirâmide social. Em se tratando do contexto que envolve, notadamente, a mulher negra no território paraense, tal circunstância apresenta-se em maior grau de complexidade, cuja interseccionalidade entre gênero, raça e classe, é agregada ao componente regional, refletindo fortemente na determinação do locus social de tal categoria. Nessa perspectiva, o estudo pretendido tem por objetivo geral compreender de que forma, o sistema de acesso à justiça na Região Metropolitana de Belém, vem encarando a interseccionalidade entre racismo e sexismo, notadamente ante os casos de feminicídio contra mulheres negras. Em termos metodológicos e para alcance dos objetivos a que se propõe a pesquisa ora apresentada foi adotado o estudo de caso como estratégia de investigação, a ser conduzido sob o método indutivo e abordagem qualitativa, desdobrando-se em pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica será pautada nos estudos de livros e artigos científicos situados no campo do Pensamento Feminista Negro1 , ao passo que, a pesquisa documental consiste na análise de casos emblemáticos de feminicídio que se deram na Região Metropolitana de Belém, a fim de mapear como a problemática se manifesta no plano prático local.