ATIVIDADE ANTICONVULSIVANTE DO EXTRATO DE Curcuma longa EM RATOS WISTAR APÓS INDUÇÃO DE CONVULSÕES POR PENTILENOTETRAZOL
Curcumin; Seizures; electroencephalographic; electromyographic; behavioral.
A epilepsia é um dos distúrbios neurológicos mais comuns, que ocorre devido a instabilidade nas transmissões sinápticas inibitórias e excitatórias no cérebro. No entanto, muitos pacientes desenvolvem resistência aos medicamentos disponíveis, resultando na degeneração celular devido ao controle inadequado das crises. Curcumina, Curcuma longa, é conhecida por ser eficaz no tratamento de desordens orgânicas e pode prevenir convulsões, reduzir o estresse oxidativo e diminuir os danos cerebrais. Diante disso, o presente trabalho buscou avaliar os efeitos antiepilépticos da C. longa isolada ou em combinação com o diazepam, visualizando seus efeitos sobre a atividade cerebral e as possíveis alterações histopatológicas no hipocampo. Trata-se de um estudo que utilizou ratos Wistar machos (idade: 10–12 semanas; peso: (260 ± 20 g), que foram pré-tratados por 4 dias com soro fisiológico ou C. longa ou diazepam ou C. longa + diazepam; e no quinto dia, foi administrado o pentilenotetrazol (PTZ) para induzir as convulsões. No grupo C. longa, foi observado um aumento significativo no tempo de latência para o início do comportamento relacionado à convulsão. Surpreendentemente, no entanto, a combinação entre a C. longa e o Diazepam resultou no melhor controle do comportamento relacionado à convulsão, com o maior latência do início dos espasmos e crises clônicas isoladas. Este grupo também obteve os melhores resultados no traçado eletroencefalográfico e controle das crises, com redução na frequência e amplitude das ondas-espícula. No grupo salina, o PTZ reduziu significativamente o número de células presentes nas regiões CA1 e CA3 do hipocampo, enquanto que os animais do grupo que obteve o tratamento combinado mostraram os melhores resultados em termos de preservação das células semelhantes a neurônios. Esses achados indicam que C. longa pode contribuir para o controle tanto das convulsões quanto do dano celular induzido pelo PTZ, e que sua associação com o diazepam pode ser uma opção potencialmente eficaz para o tratamento da epilepsia no futuro.