EFEITOS DA HIPERGLICEMIA DO LIGAMENTO PERIODONTAL HUMANO
EM SIMULAÇÃO DE MOVIMENTO ORTODÔNTICO
Hiperglicemia, ligamento periodontal, movimento ortodôntico.
A diabetes é uma doença crônica que acomete cerca de 10% da população global,
sendo o maior fator de risco para doença periodontal e se caracteriza pelas altas taxas
de glicose no sangue. A hiperglicemia induzida pela diabetes promove diversas
modificações no metabolismo celular, inclusive na proliferação e diferenciação celular.
Em diversas situações, os fibroblastos do ligamento periodontal (FLP) são estimulados
a se proliferarem e/ou regenerarem. O movimento ortodôntico dentário é uma delas.
Onde, de um lado os FLP sofrem uma tensão (esticado), estimulando a formação de
osteoblastos, e do outro há compressão e estímulo de reabsorção por osteoclastos. O
mecanismo de aposição óssea é conduzido por citocinas como COX -2 e
prostaglandina 2 (PGE-2), que estimula a diferenciação de osteoblastos e expressão
das proteínas RANKL e osteoprotegrina (OPG), relacionadas a modulação da
reabsorção óssea. A liberação de IL-1β e TNF-α induzem a diferenciação de
osteoclastos precursores e o aumento nos níveis de metaloproteinases da matriz
extracelular (MMP), resultando na movimentação ortodôntica. Para avaliar esse
mecanismo será realizada cultura de células de fibroblastos de ligamento periodontal
humano em meio de cultivo normal e hiperglicêmico. Essas células serão submetidas
a um sistema de simulação de força ortodôntica in vitro, e então as análises se
iniciarão. Para avaliar a expressão das proteínas envolvidas será realizado,
imunoflorescência indireta, PCR e western blot. Os dados obtidos a partir dos
experimentos serão analisados usando o software GraphPad Prism 5 (GraphPad
Software Inc., San Diego, CA, USA). Primeiramente será verificada a distribuição dos
dados. O teste t de Student (Mann-Whitney) será utilizado para avaliar diferenças
entre dois grupos. Diferenças entre três ou mais grupos serão estimadas através de
análise de variância (ANOVA) (Kruskal-Wallis), seguido por teste de comparações
múltiplas de Bonferroni.