EXPOSIÇÃO AO FLUORETO DE SÓDIO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO DESENCADEIA ESTRESSE OXIDATIVO E ALTERAÇÕES MOLECULARES NA PROLE
fluoreto de sódio, Exposição pré-natal, Exposição pós-natal, hipocampo.
A exposição por longos períodos e/ou altas concentrações ao fluoreto de sódio (NaF) podem causar danos aos tecidos dentários e ósseos, tecidos moles (fígado, rim, intestino e o cérebro) em ratos adultos, como também no período intrauterino e de lactação. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos deletérios sobre processos cognitivos desencadeados pela exposição ao fluoreto de sódio, em período pré e pós-natal da prole de ratas, sobre parâmetros moleculares, bioquímicos e comportamentais. Para isso, ratas wistar foram divididas randomicamente 3 em grupos experimentais: G1 controle (água miliQ); G2 (água flouretada à 10 mg/Lde NaF); G3 (água fluoretada à 50 mg/L de NaF). A exposição aconteceu do dia G0 de gravidez (tampão vaginal) até o D21 (desmame da prole). Após o tempo de exposição, foi coletado o plasma sanguíneo para a determinação de níveis de flúor e também a coleta do hipocampo para avaliação bioquímica por meio de ensaios peroxidação lipídica, níveis de nitritos e ACAP, análise de expressão gênica de BDNF (RT-qPCR) e análise do perfil proteômico hipocampal. Observou-se que os níveis de NaF apresentados induziram desequilíbrio bioquímico oxidativo caracterizado por diminuição na concentração de ACAP, maior peroxidação lipídica e aumento nos níveis de nitrito, além de um aumento na expressão de BDNF e bem como alterou o perfil proteômico do hipocampo nos grupos expostos. Nossos principais achados mostram que a exposição prolongada tempo e dose dependente conseguiu modular o equilíbrio bioquímico no tecido hipocampal, aumentar os níveis de expressão BDNF e alterações no perfil proteômico.