TÉCNICAS PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS PALATINAS APÓS REMOÇÃO DE ENXERTOS DE TECIDO MOLE – UMA OVERVIEW DE REVISÕES SISTEMÁTICAS
cicatrização, autoenxertos, palato, manejo da dor, complicações pós-operatórias, reepitelização.
Objetivos: Revisar a literatura, avaliar a qualidade metodológica, e sintetizar o corpo da evidência das revisões sistemáticas (SRs) para responder a seguinte pergunta de pesquisa: “Quais os efeitos das diferentes técnicas para cicatrização do palato após remoção de enxertos de tecido mole?”
Material e Métodos: Uma busca na literatura até janeiro de 2022 foi realizada nas bases de dados do Pubmed, Embase, Scopus, Web of Science, LILACS, Cochrane e DANS easy, sem restrição de data ou idioma. SRs que avaliaram pacientes submetidos a enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (SCTG) ou enxerto gengival livre (FGG) (P) com (I) ou sem procedimentos (C) para melhora da cicatrização ou dor referida (O) foram incluídas. Os estudos incluídos foram avaliados metodologicamente por meio do AMSTAR 2 e seus dados foram extraídos.
Resultados: Sete RSs contemplaram os critérios de inclusão e foram avaliadas: três estudos eram terapia a laser de baixa potência (LLLT), dois foram estudos de fibrina rica em plaquetas (PRF), e outros dois adesivos teciduais de cianoacrilato (CTA). Quanto à qualidade metodológica, dois, três e dois estudos foram classificados como criticamente baixo, baixo e moderado, respectivamente. Todas as técnicas demonstraram melhoras na cicatrização da ferida palatal (PWH), mas somente as terapias PRF e CTA demonstraram reduzir a percepção de dor após FGG, mas não após SCTG.
Conclusões: O uso de LLLT, PRF, ou CTA melhoraram PWH após remoção de enxertos de tecido mole. No entanto, somente CTA ou PRF promoveram redução na dor após remoção de FGG. Devido à baixa qualidade metodológica e alta heterogeneidade entre SRs incluídas, os dados devem ser interpretados com cautela.