Avaliação do filme adesivo fitoterápico à base de extrato de jambu na
cicatrização de feridas de palato em ratos wistar
Spilanthes oleracea, cicatrização, ferida cirúrgica, técnicas de fechamento de ferimentos e palato.
Os enxertos autógenos de tecido mole são frequentemente utilizados para tratamento de recessões, para aumento da faixa de tecido queratinizado e volume tecidual, tanto ao redor de dentes, quanto de implantes dentais. Ainda que esses enxertos sejam considerados o padrão-ouro para tais tratamentos, a necessidade de um sítio doador gera maior morbidade e possíveis complicações pós-operatórias, apontadas como desvantagens tanto pelo clínico quanto pelo paciente. No intuito de minimizar a morbidade nos sítios doadores, técnicas de aceleração de cicatrização de feridas têm sido propostas na literatura, incluindo o uso de plantas medicinais. Neste contexto, o jambu (Acmella oleracea), planta nativa da região Amazônica, apresenta-se como uma espécie promissora, devido suas propriedades anestésica, analgésica, anti-inflamatória e cicatrizantes. Diante disto, o objetivo deste trabalho será investigar o potencial cicatrizante de um filme mucoadesivo contendo extrato de jambu em um modelo experimental de feridas de palato em ratos Wistar. Para tal, serão confeccionadas feridas excisionais de 4 mm de diâmetro no centro do palato duro de 125 ratos Wistar machos. Cento e vinte animais serão alocados aleatoriamente em quatro grupos experimentais (ferida/clorexidina/placebo/extrato de jambu, sendo 30 animais por grupo experimental) e os cinco animais restantes irão compor o grupo baseline. A área da ferida será mensurada fotograficamente e a taxa de epitelização determinada histologicamente aos 3º, 7º, 14º e 21º dias após a cirurgia. Coleta de amostras de sangue também serão realizadas nos períodos pré-determinados, com objetivo de avaliar os parâmetros bioquímicos transaminase oxalacética (TGO), transaminase pirúvica (TGP), ureia e creatinina. Espera-se que a área média da ferida e a distância média entre as margens epiteliais diminuam com o tempo, com maiores reduções da área da ferida e taxa de epitelização no grupo do extrato de jambu, ao mesmo tempo que não altere parâmetros bioquímicos e não seja tóxico ao animal. Porquanto, acredita-se que os melhores resultados obtidos estarão relacionados ao grupo experimental com extrato de jambu, corroborando com estudos prévios acerca de seu potencial farmacológico, e, viabilizando assim, a continuidade da pesquisa deste fitoterápico em outros tipos de delineamentos.