TREINAMENTO FÍSICO MODERADO E REDUÇÃO DE PERDA ÓSSEA ALVEOLAR: ANÁLISE BIOQUÍMICA, IMUNOENZIMÁTICA E MICROTOMOGRÁFICA.
Periodontite, Exercício físico, Educação física e treinamento, Ratos, Ensaio de Imunoadsorção Enzimática, Microtomografia por Raio-X
A periodontite é uma doença inflamatória multifatorial dos tecidos periodontais de suporte (gengiva, ligamento periodontal, cemento e osso alveolar) que desencadeia os sinais e sintomas que podem gerar, em último caso, a perda dentária pela destruição de tais tecidos. Considerando a patogênese da doença periodontal, o controle mecânico do biofilme dentário e os hábitos de saúde são integrantes do processo de manutenção da saúde do periodonto, já que realizam o controle dos fatores de risco relacionados a periodontite. O exercício físico, como atividade física planejada e estruturada, possibilita a melhora das capacidades físicas relacionadas ao controle de fatores de risco relacionado a doenças cardiovasculares ou doenças metabólicas como o diabetes, por exemplo. Devido o exercício modular principalmente os processos inflamatórios e metabólicos, ele tem sido sugerido como um possível auxiliar no controle dos fatores de risco relacionados a periodontite. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar os efeitos de um protocolo de treinamento físico, de moderada intensidade, na micromorfologia óssea alveolar de ratos submetidos a um protocolo indução de periodontite por ligadura. Quarenta e oito ratos machos serão divididos em quatro grupos, considerando a presença/ausência de indução de periodontite e presença/ausência de treinamento. O protocolo de treinamento será realizado em esteira, 30 min/dia, 5 dias por semana, por 4 semanas. Nos grupos com indução de periodontite por ligadura, com/sem treinamento, serão posicionadas ligaduras nos primeiros molares inferiores no 14º dia de experimento, sendo acompanhadas até o fim do protocolo. Findado o protocolo, os animais serão eutanasiados e amostras de plasma serão coletadas para avaliação imunoenzimática de interleucinas IL-1β, IL-6, TNF-α e IL-10, para avaliação de concentrações séricas de proteína C reativa e para análise de peroxidação lipídica e da capacidade total antioxidante. Também serão coletadas mandíbulas para análise microtomográfica da espessura trabecular, número de trabéculas, perda óssea alveolar, espaço trabecular e proporção volume ósseo/volume trabecular assim como para avaliação morfométrica da perda óssea aleolar a partir da junção cemento esmalte e para análise semiquantitativa do processo inflamatório a partir do protocolo de Azuma et al. 2017. Para análise estatística dos dados que apresentarem normalidade, será aplicado o teste ANOVA para dois fatores, avaliando os efeitos inter-grupo considerando presença e ausência de treinamento e/ou perda óssea induzida. Em caso de não apresentarem normalidade, será aplicado o teste de Kruskal-Wallis. O nível de significância adotado será de 5% para qualquer um dos testes selecionados (valor p<0,05).