Análise in vitro das propriedades citotóxicas do extrato de Andiroba (Carapa guianensis) frente ao Herpes Vírus Simples- tipo 1 (HSV-1)
Carapa guianensis; Herpes Simples; Citotoxidade.
O Herpes Simples é uma infecção causada pelo vírus herpes humano (HSV), e é uma das infecções mais comuns aos seres humanos. A saliva contaminada constitui um veículo eficiente para a transmissão do HSV-1, além do eventual contato com as secreções herpéticas em pessoas que apresentem clinicamente a doença. A Carapa guianensis, conhecida popularmente como Andiroba, é uma árvore da família Meliaceae de grande porte, encontrada na região Amazônica. O óleo de Andiroba é extraído através da prensagem de suas sementes e possuí as principais substâncias biologicamente ativas e proporcionam inúmeros efeitos, em especial os efeitos anti-inflamatórios. Este conjunto de características despertou a atenção de alguns pesquisadores para estudar a ação da Andiroba em diversos tratamentos, entretanto até o momento não há nenhuma pesquisa que busque como uma opção alternativa para lesões orais por HSV-1 o uso de Andiroba, bem como existem poucas pesquisas utilizando outros fitoterápicos. Sendo assim, esse trabalho será o pioneiro em avaliar estas características antivirais e a viabilidade celular. O objetivo deste estudo é avaliar a toxicidade aguda (LC50) do extrato de Andiroba (Carapa guianeses) frente as células infectadadas com Herpes Vírus Simples- tipo 1 e não infectadas com o vírus (controle). Trata-se de um estudo laboratorial experimental, com uso de cepas virais do HSV-1. Para avaliação de citotoxidade efetiva do óleo de Andiroba, foi utilizada as células VERO E6, permissíveis ao HSV-1. Para testar a viabilidade celular foram utilizados, o método de exclusão do corante azul de Trypan e ensaio colorimétrico do MTT (3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de tetrazolium). O óleo de Andiroba não causou danos significativos ao DNA das células VERO E6, nas concentrações testadas (10µg/ml e 100µg/ml), quando comparados ao controle positivo (teste Tukey p>0,05); As concentrações (10µg/ml e 100µg/ml) não causaram danos ao DNA celular e são estatisticamente semelhantes entre si (teste Tukey p>0,05). Os dados analisados demonstraram que o óleo de Andiroba, em ambas concentrações, não interferiu na viabilidade das células em questão, logo não houve diferença entre os tratamentos testados, e assim sendo, não foi demonstrada toxicidade nos tratamentos realizados.