"EFEITO DA INTERRUPÇÃO PRECOCE DO ALEITAMENTO MATERNO NA PROGRESSÃO DA PERIODONTITE APICAL – ESTUDO IN VIVO"
Periodontite apical, amamentação e ratos.
A periodontite apical, presente em cerca da metade da população2, é caracterizada por um processo inflamatório em torno do ápice radicular, causada pela invasão de microrganismos provenientes de cáries, traumas e/ou iatrogenias1. Sabe-se que o aleitamento materno possui influência no estabelecimento do sistema imune do lactente, fornecendo uma rica variedade de agentes anti-inflamatórios, bem como alguns agentes inflamatórios3. Assim, a relação entre a progressão da periodontite e o aleitamento pode ser quantificada pela dosagem de proteína C reativa (PCR), proteína plasmática produzida no fígado, que tem sua expressão aumentada na presença de processos inflamatórios4 e segundo alguns estudos o aleitamento materno promove diminuição de níveis plasmáticos da PCR5. Dessa forma, este estudo objetiva avaliar a relação entre a interrupção precoce do aleitamento e a progressão da periodontite apical no lactente, utilizando um modelo experimental em ratos, no qual será avaliado se a interrupção precoce do aleitamento pode influenciar na progressão da periodontite. Para isto, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa para Uso de Animais (CEUA), serão selecionados 44 ratos Wistar, com 21 dias de idade e peso entre 45 e 50g, que serão randomicamente divididos em 4 grupos experimentais, com n=11: G1 (sem desmame precoce, eutanasiados 2 dias após indução de periodontite apical; Grupo 2 (sem desmame precoce, eutanasiados 14 dias após indução de periodontite apical ; G3 (com desmame precoce, eutanasiados 2 dias após indução de periodontite apical e G4 (com desmame precoce, eutanasiados 14 dias após indução de periodontite apical). No 21o dia de vida será realizada a indução da lesão periapical após acesso com broca esférica de diâmetro 1⁄4 em todos os grupos. Decorridos 2 dias após esta indução, caracterizando lesão periapical aguda, os animais do G1 e G3 serão eutanasiados, bem como os animais do G2 e G4, que passarão pelo mesmo processo após 14 dias, caracterizando lesões crônicas. A partir de então serão coletadas hemi-mandíbulas dos ratos para avaliação em micro-CT e histológico. Após isto, os dados serão coletados, tabulados e analisados, estabelecendo nível de significância de 5% (p<0,05) para todas as análises estatísticas.