FATORES ASSOCIADOS À ESTABILIDADE DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO COMPENSATÓRIO DA MÁ OCLUSÃO DE CLASSE III NA DENTIÇÃO PERMANENTE
Má oclusão de Angle classe III. Recidiva. Resultado do Tratamento. Oclusão Dentária.
Objetivo: avaliar a estabilidade do tratamento compensatório da má oclusão de classe III realizado na dentição permanente. Metodologia: foram selecionados 36 pacientes, média de idade de 20 anos, com má oclusão de classe III tratada compensatoriamente na dentição permanente e com, no mínimo, três anos após a finalização do tratamento ortodôntico. A regressão multivariada de Poisson foi utilizada para avaliar a influência de variáveis clínicas (sexo, idade, tempo de tratamento, tempo pós-tratamento, quantidade de fases de tratamento, exodontias, meses de uso de elásticos), cefalométricas (SNA, SNB, ANB, Wits, SNGoGn, 1.NA, IMPA) e dados obtidos nos modelos (índice PAR e dimensões do arco), ao início (T1) e ao final (T2) do tratamento na recidiva clínica da classe III (T3). Resultados: onze pacientes (30,6%) apresentaram recidiva clínica da classe III. Os casos que apresentavam uma menor angulação dos incisivos superiores em T1 (p= 0,035), tratados com extrações (p= <0,001) e que foram bem finalizados (PAR-T2, p= 0,009) apresentaram menor risco da recidiva. Todas as demais variáveis não apresentaram associação significante com a recidiva clínica (T3). Conclusão: a estabilidade do tratamento compensatório da classe III na dentição permanente é multifatorial com poucas variáveis preditoras. Casos tratados com extrações, bem finalizados, apresentam um menor risco de recidiva, enquanto a inclinação excessiva dos incisivos superiores ao início do tratamento aumenta o risco de recidiva.