ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE COPAIFERA RETICULATA E DOCAGEM MOLECULAR DE TERPENOS PRESENTES NA ESPÉCIE
COPAIFERA; TERPENOS, ANTIMICROBIANO, TRANS-ALFA-BERGAMOTENO
A resistência bacteriana aos antibióticos disponíveis é crescente, tornando-se urgente a busca de alternativas terapêuticas. O gênero amazônico Copaifera L. é utilizado na medicina tradicional para o tratamento de doenças bacterianas e seus terpenos parecem ser promissores como antimicrobiano. O presente estudo avaliou a atividade antimicrobiana de extratos de C. reticulata e realizou estudos in sílico com os terpenos presentes na espécie, bem como sua docagem molecular MSBa (transportador ABC de cassete de ligação de ATP). Os extratos foram obtidos por maceração e extração sob refluxo, sendo caracterizado por cromatografia em camada e submetidos a microdiluição utilizando diferentes bactérias. Foram selecionados 12 terpenos, seguido da predição dos aspectos físico-quimicos, farmacocinéticos, toxicidade, atividades biológicas e docagem molecular. Em extratos obtidos de folhas (EFo) e galhos (EGa) foram detectados diferentes metabolitos secundários, dentre estes terpenos. Os extratos mais promissores como antimicrobianos foram: extratos metanólicos Fo/Ga e etanólico Fo. Em relação a regra de Lipinski, apenas o LogP foi violado pelos terpenos, apresentando alta absorção intestinal, atravessam a BHE, metabolizados por CYP e podem inibi-la. Todas as moléculas apresentaram toxicidade, sendo o ácido caurênico o menos tóxico. As moléculas mais promissoras como antimicrobiano foram o beta-cariofileno, ácido copalico, kolavic-15-methyl-ester e trans-alfa-bergamotene. A docagem molecular demonstrou que os terpenos de Copaifera reticulata ligam-se ao Msba em sítios muito semelhantes à molécula inibidora, sendo que os compostos mais promissores foram alpha-copaene, alpha-humulene e Trans-Alpha-Bergamotene sendo essa última a molécula com maior potencial e sugerindo ser inibidor de Msba auxiliando na quebra de resistência bacteriana.