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Banca de DEFESA: ELLEN RODRIGUES DA SILVA MIRANDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELLEN RODRIGUES DA SILVA MIRANDA
DATA: 30/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE DEFESA DO NEB
TÍTULO:

DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO AO QUILOMBOLAR-SE NA AMAZÔNIA: “outras” escolas, “outras” experiências da classe trabalhadora alargada


PALAVRAS-CHAVES:

Trabalho-Cultura-Educação. Processos de formação. Quilombolar-se na Amazônia. Experiência da classe trabalhadora alargada.


PÁGINAS: 360
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Ensino Profissionalizante
RESUMO:

A tese experiência das lutas das trabalhadoras/es da terra, também compreendida como classe econômico-cultural ao construir modos de vida centrados no trabalho ontológico na contradição com o capitalismo e ao comporem a classe trabalhadora em seu fazer-se produz o seu alargamento, verificado através do Quilombolar-se das Comunidades São José de Icatu, Segundo Distrito, Tambaí-Açu em Mocajuba/PA, Amazônia Tocantina. Constituiu-se qualitativamente guiada pelo fio de Anance (o método). No labirinto do modo de investigação desafio de Nyame buscou responder frente as contradições entre trabalho-capital, como se evidenciam os elementos dos processos de formação econômico-culturais da afirmação do ser social quilombola, bem como, as relações dialéticas entre trabalho-educação e economia-cultura que conformam o fazer-se da classe trabalhadora no seu alargar-se. Para tanto, procedeu-se com levantamento de fontes informativas, a citar: revisão de documentos, literaturas, observações e anotações de campo, além da realização de entrevistas tratadas em termos de significância, pela análise de conteúdo, sustentada teoricamente em Marx (2008; 2013), Marx e Engels (2007; 2009), Luxemburgo (2018), Lukács (2013), Mariátegui (2023), Cabral (1967), Fanon (1988), Nascimento (2006), González (2021), Moura (2021), Salles (1988), Thompson (1981; 1987; 1998; 2001), Willians (2011), Gorender (2013), Mattos (2019), Antunes (2009), Prashad (2023), Marañon (2012), Franzoi e Fischer (2015, 2020),  Tiriba (2001; 2008; 2012; 2018), Pinto (2001; 2004; 2007), Gomes (1996; 2003; 2006; 2011, 2012), Rodrigues (2012), dentre outros. Particularidades deste todo artístico atestaram a realidade esculpida nas materialidades produtivas-culturais de mulheres e homens quilombolas resultantes de suas lutas comunitárias cotidianas, saberes da experiência, oriundos da relação trabalho-cultura-educação, vividas, sentidas, percebidas e modificadas por meio de valores, costumes, tradições, sentimentos, pertencimentos, modos de vida em disputa na contradição trabalho-capital. Neste sentido, verificou-se que os elementos do alargar-se da classe trabalhadora acontece na experiência quilombola por meio das lutas comunitárias cotidianas que os configuram em Trabalhadoras/es da Terra – filhos da Mãe-Terra, diferentes dos trabalhadores rurais assalariados, mas que também afetados de várias formas pelo capitalismo, estando inseridos na contradição trabalho-capital. Lutam por outra hegemonia não-capitalista ao lutarem pelos seus modos de vida.  Constatou-se, também, como desdobramentos do alargar-se da classe trabalhadora como Trabalhadoras/es da Terra que o Quilombolar-se é o fazer-se quilombola na Amazônia, região Tocantina, produção da vida do ser social compreendida na circularidade da ancestralidade, processo de Ubuntu - acontecer ontológico estabelecido na relação humanos -natureza e/ou natureza-natureza. Caracterizações desse processo foram verificados desde as lutas quilombolas ao serem arrancados da África, lutas contra o escravismo, lutas pós-abolição, lutas contra hierarquias sociais e/ou miseráveis; lutas pela redemocratização do Brasil das CEBs às Associações Quilombolas; lutas por territórios e para se manter; lutas identitárias; lutas por “outras” economias-culturais; lutas pela Educação Quilombola e Educação Escolar Quilombola; lutas que comportam saberes de “outras” escolas. Lutas quilombolas que se configuram com “outras” lutas de outros povos e constituem-se em processos de formação econômico-cultural da classe trabalhadora alargada. A pesquisa aponta saídas do labirinto como “outras” utopias diante dos processos de formação econômicos culturais manifestados e em curso, a citar a emergência de um “outro” mundo necessário não-capitalista, já que o metabolismo do capital se opera incompatível com a relação humanos-natureza; a democracia; soluções para forme, miséria. Portanto, tomado pela base do comunismo ancestral que possa reincorporar a classe trabalhadora em seu fazer-se – alargar-se.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Interno - 2190546 - GILMAR PEREIRA DA SILVA
Interno - 1152796 - RONALDO MARCOS DE LIMA ARAUJO
Externo à Instituição - BORIS MARAÑÓN-PIMENTEL
Externo à Instituição - LIA TIRIBA
Externo à Instituição - MARIA CLARA BUENO FISCHER
Notícia cadastrada em: 11/07/2024 10:22
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