INFFLUÊNCIA DA IDADE, ESCOLARIDADE E ATIVIDADE REMUNERADA NA PERCEPÇÃO DE NÍVEIS DE ESTRESSE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM ATLETAS DE FUTEBOL FEMININO
Saúde mental; Psicologia do esporte; Atletas; Trabalho; Mulheres.
O futebol é um dos esportes mais difundidos no mundo. O público feminino está conquistando maior relevância. A saúde mental é uma dimensão integral do bem-estar e desempenho do atleta e não pode ser separada da saúde física. Os acometimentos de estresse, ansiedade e depressão em atletas podem ser graves e incapacitantes. A avaliação e o gerenciamento da saúde mental em atletas devem ser acessíveis para a intervenção precoce e melhora da qualidade do ambiente esportivo. Assim, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a influência da idade, escolaridade e atividade remunerada na percepção de níveis de estresse, ansiedade e depressão em atletas de futebol feminino. A coleta de dados ocorreu durante o Campeonato Paraense de Futebol Feminino. As atletas responderam um questionário sociodemográfico e as versões em língua portuguesa dos seguintes instrumentos: Perceived Stress Scale (PSS), Beck Anxiety Inventory (BAI) e Beck Depression Inventory (BDI). A análise dos dados foi realizada no software GraphPad Prism 9.5.1. Para correlacionar idade, escolaridade e atividade remunerada fora do futebol com níveis de estresse foi empregado o Fisher's exact test. Para correlacionar idade, escolaridade e atividade remunerada fora do futebol com níveis de sintomas de ansiedade e depressão foi realizado o Pearson's test chisquare. O índice de significância empregado foi de p<0,05. Idade e escolaridade não apresentaram correlação com as percepções das variáveis psicológicas analisadas neste estudo. A presença de atividade remunerada apresentou interferência apenas na percepção de sintomas de ansiedade moderada (p-valor: 0,0471). Ao analisar percepções de estresse, ansiedade e depressão em atletas de futebol feminino não há diferença de variabilidade relacionada à idade e escolaridade. A presença de atividade remunerada é um fator que merece atenção por influenciar a percepção de ansiedade moderada em atletas de futebol feminino, apesar de não interferir nas percepções de estresse e depressão.