ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO DE FRAGILIDADE, INCAPACIDADE E AVALIAÇÃO DE DISTÚRBIOS DO SONO EM IDOSOS DA COMUNIDADE EM BELÉM DO PARÁ
Distúrbios do sono; fragilidade; envelhecimento; Avaliação de deficiência.
Introdução: A fragilidade é considerada um estado de vulnerabilidade a estressores de saúde, tornando os idosos predispostos a hospitalizações, incapacidade e mortalidade. Torna-se assim importante, o rastreio de possíveis fatores modificáveis para prevenção, atenuação ou interrupção do processo de fragilidade. Recentemente estudos apontam o aumento da prevalência do risco de fragilidade em idosos com distúrbios do sono, sendo importante investigar a possível associação entre distúrbios do sono e condições de saúde relacionadas à idade, como a fragilidade. Objetivo: Avaliar a correlação da estratificação do risco de fragilidade e incapacidade com sonolência diurna excessiva, qualidade do sono e risco de apneia obstrutiva em idosos residentes em comunidade. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo analítico transversal de caráter quantitativo que seguirá as recomendações do Fortalecimento da Declaração de Relatórios de Estudos Observacionais em Epidemiologia (STROBE). O estudo ocorrerá entre abril de 2022 a novembro de 2023, no Laboratório de Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória e Oncológica (LACOR) do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Consistirá em estratificação de risco de fragilidade e incapacidade por meio das escalas The Frail Non-disable Questionnaire (FiND) e Escala de Fragilidade FRAIL (FRAIL Scale) e avaliação de sonolência diurna excessiva, qualidade de sono e risco de apneia obstrutiva do sono (AOS), por meio da Escala de Sonolência Diurna de Epworth (ESE-BR), Escala de Qualidade Sono de Pittsburgh (PSQI-BR) e questionário STOP-BANG, respectivamente. Resultados parciais: Foram analisados 67 voluntários. Segundo a FinD 23,8% dos idosos foram considerados frágeis e 38.8% incapazes. Já segundo a FRAIL Scale, 28.3% eram pré-frágeis e 34.3% frágeis. Em relação aos distúrbios do sono, a maioria apresentou risco moderado de AOS (49%), qualidade de sono ruim (80%) e ausência de sonolência diurna excessiva do sono (62%). Houve correlação entre FiND e STOP-BANG (R=0.29, p= 0.00) e PSQI (R= 0.40, p=0.01); não sendo encontrado com a ESE-BR (R= 0.06, p= 0.61). Em relação a FRAIL Scale, houve correlação com STOP-BANG (R=0.33, p=0.00) E PSQI (R=0.33, p=0.00), não sendo observado com ESE-BR (R=0.15, p=0.21). Conclusão: Conclui-se que houve correção entre as escalas de fragilidade e incapacidade com qualidade de sono e risco de AOS, mas não com sonolência diurna excessiva.