Efeito de Programa de Telerreabilitação versus Cartilha de Autocuidado na Dor e Incapacidade Funcional de Pacientes com Dor Cervical Crônica Não Especifica: Um Ensaio Clínico Controlado, simples cego com 3 meses de seguimento
Telerreabilitação, Cervicalgia, Terapia por Exercício
Introdução:A dor cervical é uma condição incapacitante comum que afeta diretamente a realização de atividades de vida diárias e na participação em atividades profissionais, sociais e esportivas, sendo uma das principais causas de incapacidade funcional no mundo. Os tratamentos baseados em telerreabilitação tem demonstrado sua importância devido à sua facilidade de uso, baixo custo e sua tendência de melhorar os resultados clínicos. No entanto, nas evidências científicas atuais há falta de estudos que exemplifiquem protocolos de telerreabilitação em indivíduos com dor cervical crônica não específica. Assim, o objetivo deste estudo será verificar o efeito de um protocolo de telerreabilitação versus cartilha de autocuidado online, em indivíduos com dor cervical crônica não específica.Método:Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, cego que compara um programa de telerreabilitação para dor cervical com o grupo controle que receberá uma cartilha de autocuidado online. Setenta pacientes serão recrutados por telefone na lista de espera na clínica escola de universidade pública, além de ampla divulgação nas redes sociais. As avaliações serão realizadas antes do tratamento, após 6 semanas e em 3 meses após a randomização. Para esse propósito, as avaliações e acompanhamentos serão efetuados de forma totalmente remota, através de plataformas online (Google Meet, mensagens de smartphone, e-mail) e ligações telefônicas. O desfecho primário será a incapacidade funcional medida pelo questionário Neck Disability Index composto por 10 itens. Os desfechos secundários serão a intensidade da dor medida usando a escala de avaliação numérica, o efeito global percebido medido usando a escala de esforço global percebido, a autoeficácia do paciente por meio do Pain Self Efficacy Questionnaire, qualidade de vida pelo SF-12 e cinesiofobia por meio da Tampa Scale of Cinesiophobia. As medidas serão avaliadas na linha de base, 6 semanas e 3 meses após a randomização.Resultados parciais:Houve diferença entre grupos apenas para as variáveis intensidade de dor (p<0,05, Cohen d = 1,3), incapacidade funcional (p<0,05, Cohen d = 0,7) e escala do efeito global percebido (p<0,05, Cohen d = 1,5) no período de 6 semanas após a randomização.