SÍNDROME DE BURNOUT, ESTRATÉGIAS DE COPING E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL EM PARATLETAS DE BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS
atletas com deficiência; burnout; coping; esporte paralímpico
O esporte paralímpico vem crescendo acompanhado de um aperfeiçoamento no desempenho e a busca pela excelência esportiva. No entanto, ambientes de alto desempenho esportivo pode gerar efeito negativo no bem-estar físico e mental dos paratletas. Os atletas de basquete em cadeira de rodas sofrem com agentes estressores como preparação não adequada para o campeonato, preocupações com o desempenho antes, durante e depois dos jogos e classificação funcional. Portanto, o estresse ao se tornar crônico pode causar burnout. Definido como uma síndrome multidimensional com três dimensões: exaustão física e emocional, reduzido senso de realização esportiva e desvalorização esportiva. Contudo, o burnout pode ser prevenido ou atenuado com estratégias de coping que são esforços contínuos de pensamento e ação para gerenciar situações avaliadas como estressantes. O primeiro estudo teve como objetivo identificar, avaliar e sintetizar a literatura existente de burnout e coping em atletas com deficiência e quais variáveis psicológicas e físicas estão associadas ao burnout e coping. O presente estudo foi relatado conforme as diretrizes para elaboração de revisão sistemática atualizado PRISMA 2020. Foi utilizada a estratégia PEO para estruturação das perguntas e estratégia de busca nas bases de dados Scopus, PubMed/Medline, PsycINFO e Scielo realizados em 4 outubro de 2021. O risco de viés foi avaliado por meio das ferramentas de verificação da avaliação crítica do Joanna Briggs Institute, específicos para estudos transversais, longitudinal e de intervenção. Foram selecionados 7 artigos que juntos possuem 513 atletas com deficiência e com predominância com desenho transversal. Conclui-se que produção científica em relação ao coping e burnout em atletas com deficiência encontra-se em fase de construção devido aos poucos estudos, principalmente de burnout, encontrados nesta revisão e o coping está associado positivamente com variáveis facilitadoras de desempenho, enquanto o burnout está associado negativamente com variáveis de desempenho e saúde. O segundo estudo teve como objetivo identificar as dimensões mais percebidas de burnout e estratégias de coping, determinar se há uma diferença na percepção de burnout ou coping com base na colocação final da equipe na classificação final da competição e o último objetivo é analisar se a classificação funcional está relacionada ao burnout e coping. Setenta e um atletas de basquete em cadeira de rodas completaram as medidas de burnout e coping durante a fase competitiva. Os resultados mostraram diferenças nas percepções de burnout e coping. Não foram observadas diferenças na percepção de burnout ou coping em relação à colocação da equipe na classificação final da competição. Além disso, não houve relação entre a classificação e burnout ou coping. Concluímos que o desempenho da equipe não interfere na percepção de burnout ou coping. Além disso, a classificação não é um fator chave para o burnout ou coping.