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Banca de DEFESA: ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS
DATA: 29/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Instituto de Geociências
TÍTULO:

ANÁLISE MULTITEMPORAL DA LINHA DE COSTA DA PONTA D’AREIA, ILHA DO
MARANHÃO: DIAGNÓSTICO DA VULNERABILIDADE À EROSÃO.


PALAVRAS-CHAVES:

zona costeira; vulnerabilidade costeira, obras de proteção costeira.


PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
RESUMO:

A zona costeira é definida como o espaço geográfico de transição entre o oceano e o
continente. No Estado do Maranhão ela possui 5 setores, dentre eles o Golfão Maranhense. A praia da
Ponta D’Areia se localiza a noroeste da ilha do Maranhão, compondo este setor onde ocorrem marés de
até 7,2 m de altura. A praia possui aproximadamente 2,5 km de extensão, sendo limitada pelo Rio Anil e
pela praia de São Marcos. Em 2014 houve o término da construção de um espigão costeiro na praia da
Ponta D’Areia, com o intuito de conter a erosão nela e impedir o assoreamento em direção ao Rio Anil.
Neste contexto, para esta pesquisa foram feitos os seguintes questionamentos: (a) Como variou a linha
de costa no decorrer de 27 anos? (b) Quais os setores erosivos, deposicionais e estáveis do ponto de
vista morfodinâmico, considerando o período antes e depois da construção do espigão costeiro na praia?
Acredita-se que a obra de engenharia rígida conteve o assoreamento da embocadura do Rio Anil, mas
implicou na continuidade da ação erosiva no extremo nordeste da praia. Sendo assim, o objetivo desta
pesquisa foi a análise multitemporal da linha de costa da Ponta D’Areia no período de 1996-2022 e a sua
vulnerabilidade atual à erosão. A metodologia consistiu na: (1) análise observacional in loco para o
preenchimento de tabelas pré-definidas, referentes aos geoindicadores de erosão costeira, e coleta de
sedimentos superficiais de praia em novembro/2022 e abril/2023, estação climática seca e chuvosa,
respectivamente; (2) levantamento da topografia praial e obtenção de ortofotos por meio de sobrevoo
com drone em abril/2023; (3) análise multitemporal da linha de costa de 1996 a 2022, por imagens do
satélite Landsat, software ArcGIS e extensão Digital Shoreline Analysis System (DSAS), bem como a
previsão da linha de costa para 10 e 20 anos posteriores; (4) aplicação de índice de vulnerabilidade
costeira à erosão (IVC) em três setores da costa, por meio da avaliação dos parâmetros naturais e de
parâmetros antrópicos relacionados a vegetação e as obras de engenharia, obtidos para a linha de costa
da praia da Ponta D’Areia. Os resultados mostram variações de -64,63 m (-3,46 m/ano) a 32,15 m (2,39

m/ano) na linha de costa de 1996 a 2022, com previsão para 2032 de 157,76 m (4,94 m/ano) de avanço
e -123,26 m (-3,68 m/ano) de recuo e a previsão para 2042 de 101,93 m (1,48 m/ano) de avanço e -
141,35 m (-1,63m/ano) de recuo. Identificou-se o estado morfodinâmico de praia dissipativa através do
mapeamento topográfico com drone e vulnerabilidade à erosão costeira no setor I, o setor da marina,

que apresentou o menor IVC: 4, indicando vulnerabilidade moderada. No setor II, setor espigão, obteve-
se o segundo maior IVC: 6,37 (vulnerabilidade moderada) e, no setor III, setor do Farol, com IVC: 6,8

apontando vulnerabilidade alta. Foi possível observar como os processos meteo-oceanográficos (ondas,
deriva litorânea, correntes de maré, ventos e descarga estuarina) estão resultando na variação da linha
de costa, assim como as interferências humanas (ocupação na linha de costa e construção de estruturas
rígidas). A acreção costeira se intensificou na praia após a intervenção antrópica com a construção do
espigão. Conclui-se que a análise multitemporal da linha de costa da área de estudo entre 1996 e 2022,
revelou variações significativas, influenciadas por fatores naturais e antrópicos, porém, mesmo com as
interferências humanas para conter a ação dos agentes meteo-oceanográficos, os processos naturais
continuam dominantes na dinâmica natural da região e são os principais responsáveis pela sedimentação
praial.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2360466 - ESTEVAO JOSE DA SILVA BARBOSA
Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI
Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI
Externo à Instituição - MILENA MARILIA NOGUEIRA DE ANDRADE
Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO
Notícia cadastrada em: 28/08/2024 11:36
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