DINÂMICA DA LINHA FLUVIAL UM MÉDIO PERÍODO (1995-2020) NA REGIÃO DE SANTARÉM (BAIXO AMAZONAS)
Santarém; Linha Fluvial; Vetorização; Margem Fluvial.
A região de Santarém, localizada no Baixa Amazonas (807 km da capital Belém) apresenta um diferenciado mosaico socioambiental com ambientes distintos tais como a planície de inundação e a terra firme. A terra firme é representada por áreas não suscetíveis aos regimes das cheias e a planície de inundação, conhecida como várzea, que oscila entre as fases terrestre e aquática acumulando sedimentos finos, carreados durante as cheias. Nas orlas fluviais, ocorrem: (1) as “terras caídas” - uma terminologia regional utilizada na Amazônia para designar os desbarrancamentos que ocorrem nas margens do rio Amazonas e nos seus afluentes de água branca, principalmente nos trechos em que são margeados pelos depósitos fluviais que formam a atual planície de inundação; (2) as “terras crescidas” - são as deposições que ocorrem nas margens do rio a partir dos desbarrancamentos ocasionados pelas terras caídas. Em regra geral, os canais fluviais são muito dinâmicos no espaço/tempo (ciclo hidrológico), pois, envolvem mecanismos de remoção de sedimentos e alterando as margens. Através da posição da margem fluvial, variável no tempo e no espaço, é possível identificar as mudanças morfológicas da região. O objetivo deste trabalho é analisar a variação multitemporal da linha fluvial (1995-2020) da região de Santarém. A metodologia abrangerá as seguintes fases: (1) Aquisição de imagens de satélites LANDSAT e dados ambientais; (2) Vetorização da margem fluvial para avaliação do fenômeno na área de estudo. Este trabalho é significante no intuito de levantar informações que possam levar a um diagnóstico dos processos que atuam na área, como ocorrem e como as populações e os ecossistemas locais são afetados sendo possível a elaboração de medidas de preservação ambiental, gerenciamento e análise de áreas de risco devido à presença de ambientes complexos e áreas ocupadas desordenadamente.