Análise de estoque de carbono e do fluxo de CH4 e CO2 do mangue da Resex de Mocapajuba
Manguezal. Carbono Azul. Estoque de Carbono. Reserva Extrativista Marinha Mocapajuba.
O nível das emissões de gases de efeito estufa (GEE) estão aumentando, o último relátorio do IPCC possui dados alarmantes quanto ao aumento da temperatura do planeta, em duas décadas a temperatura irá aumentar 1,5ºC em um cenário otimista de baixa emissão. Embora as emissões de GEE precisem ser severamente reduzidas, mitigar as mudanças climáticas também pode ser alcançado protegendo, restaurando ou criando ecossistemas naturais, o que tem a vantagem simultânea de retornar vários outros benefícios que são proporcionados por esses ecossistemas. Em resposta as mudanças climáricas os ecossistemas com vegetação costeira, como os mangues, atuam como mitigador e adaptador dessas mudanças, já que possuem a grande capacidade de estoque de carbono nas suas copas e solo. Apesar de já sabida a importancia desses ecossistemas não só como mitigador das mudanças climática, mas também como, por exemplo, regulador da qualidade da água e fornedor de habitat para algumas espécies, estes também estão sofrendo graves ameaças com altas taxas de perda e degradação, o que o torna fonte de carbono para atmosfera ao invés de semidouro. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo geral analisar o estoque de carbono azul na vegetação e no solo, além do fluxo de CH4 e CO2 no manguezal da Reserva Extrativista Marinha Mocapajuba, para entender como ocorre o acumulo e a emissão de Carbono na região segundo a influência humana e as variáveis fisico-químicas, de forma a fornecer subsídios para a conservação desses ambientes. Serão realizadas a caracterização estrutural da vegetação, a coleta de testemunhos de sedimento, a medição de parâmetros físico-químicos (salinidade, pH, Eh, temperatura do ar, solo e água, umidade, velocidade do vento) e do fluxo de CH4 e CO2.