ESTUDO DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS NA CONTEXTUALIZAÇÃO AMAZÔNICA: A ETNOMATEMÁTICA DA CESTARIA DO MATAPI E A TEORIA DE VAN HIELE
Ensino da geometria; Confecção do matapi; Modelo de aprendizagem.
O ensino da geometria, assim como de modo geral, o da matemática está pautado em possibilitar ao aluno a construção do conhecimento a partir do que é adepto a ele, ou seja, ensinar e aprender Matemática de acordo com o modo de vida do aluno, contudo o que tem se observado é que os alunos apresentam dificuldades de compreender os conceitos de geometria, principalmente quando se trata de sólidos geométricos. Por isso, o objetivo principal do trabalho é compreender as relações da geometria espacial para que possam descobrir formas e representações das mesmas, a partir da confecção do matapi, partindo do próprio cotidiano do aluno como uma alavanca para obter conceitos matemáticos para os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola Irmã Stella Maria – Anexo 1, localizada no rio Furo Grande, nas ilhas de Abaetetuba/PA e em consonância com o modelo de aprendizagem da Teoria de Van Hiele, no qual auxilia na identificação de competências e na orientação no decorrer da aprendizagem para o desenvolvimento do pensamento geométrico a níveis mais elevados de compreensão, respeitando os níveis do pensamento geométrico em que o aluno se encontra. Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado a metodologia de estudo bibliográfico, juntamente com a realização de uma atividade de caráter pedagógico em sala de aula, dos quais as asserções foram analisar como a prática proposta – confecção do matapi – deram importância ao interesse do aluno por utilizar um recurso comum do seu dia a dia e apresentar conceitos geométricos, como também as necessidades individuais e os níveis de desenvolvimentos, pautadas na teoria de Van Hiele, os dados foram coletados e analisados por meios do questionário de sondagem (para averiguar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema). Por meio da realização deste trabalho constatou-se que os estudantes tiveram uma visão distinta sobre a Geometria - principalmente da geometria espacial - valorizando a construção humana, ao assimilarem que a matemática não é apenas composta por equações, e sim que é possível aproximar o ensino da matemática à cultura local, interligando os saberes tradicionais com os saberes adquiridos em sala de aula, através da prática.