MEU QUINTAL DO FAZ DE CONTA:
A Trajetória de uma atriz e seus mestres
estética da existência; memória, escrita criativa, processo criativo
Esta escrita dissertativa nasce da necessidade de sistematizar relevâncias na história do teatro em Belém e de quem sobrevive desse fazer, haja vista que não se tem muito material publicado a respeito de nossos diretores, encenadores, dramaturgos, atores, pessoas que fazem arte na Amazônia paraense. O percurso traçado para esta escrita parte de minhas memórias, centrada na noção da estética da existência (FOUCAULT;1994;2008), para a qual é central a ideia de uma escrita de si, encharcada de meu encanto pela arte, mais especificamente pela arte de representar. Parto de minha construção como atriz e minha relação em processos criativos a partir de dois diretores: Claudio Barradas e Paulo Roberto Santana. O movimento do traçado da escrita pretende destacar o aprendizado cheio de representatividade e a contribuição desses dois mestres que preencheram a página em branco do meu fazer artístico com emoções, memórias, personas concebidas no ofício de representar. Esta escrita dialoga com João de Barros, João de Jesus Paes Loureiro, Gaston Bachelard, Suely Rolnik, Elizabeth Muylaert DuqueEstrada, Jan Assmann, Ana Cristina Colla, Jerzy Grotowski, Constantin Stanislavsky, Plínio Marcos, Paulo Santana Furtado, Cecilia Almeida Salles, Jean-Jacques Roubine, Augusto Boal. A estrutura organizativa deste texto dissertativo compreende 3 seções, tratados na escrita como cenas. A primeira, introdutória, MEU QUINTAL DO FAZ DE CONTA: A Trajetória de uma atriz e seus mestres; a segunda, que objetiva apontar a trajetória artística de Claudio Barradas e Paulo Santana, apontando suas respectivas contribuições à cena paraense e também, suas influências em meu processo de construção como atriz. Por fim, a terceira seção/cena, deverá abordar todo processo criativo de um ato poético – um espetáculo na Pandemia.