FINANCIAMENTO COLETIVO AUDIOVISUAL UNIVERSITÁRIO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA REALIZAÇÃO DO LONGA-METRAGEM A BESTA POP
A Besta Pop, financiamento coletivo, audiovisual universitário, economia criativa, produção audiovisual
A dissertação analisa o uso do financiamento coletivo pelos universitários de cinema, audiovisual e áreas afins enquanto alternativa criativa de viabilização dos projetos, propondo uma reflexão a partir da experiência pessoal de realização do longa-metragem A Besta Pop (2018). Em um primeiro momento, apresento o processo de construção do filme desde a origem até suas diversas exibições, traçando um paralelo entre o modelo de produção do mercado e as adaptações realizadas no ambiente universitário do longa, utilizando como referencial teórico Aída Marques (2007), Chris Rodrigues (2007) e Jose Quesada (1996). Em seguida, traço um panorama das características do financiamento coletivo, enquanto braço financeiro das práticas de construções coletivas que acontecem no ambiente virtual, conhecido como crowdsourcing, valendo-me do escopo teórico de Vanessa Valiati (2012; 2013) e Scott Steinberg e Rusel DeMaria (2012), dentre outros. Para tanto, analiso os mecanismos presentes na plataforma Catarse, apresentando o levantamento de dados dos projetos que se identificaram como universitários, hospedados na plataforma entre os anos de 2016 a 2018, com vistas a entender o perfil dos projetos e dos proponentes. Neste sentido, procuro entender o movimento do financiamento coletivo no contexto da economia criativa, propondo uma leitura da criatividade na atuação do produtor audiovisual e sua relação com os campos da arte e da economia, embasando-me em John Howkins (2007), Richard Flórida (2012), Mariana Madeira (2014), entre outros, como referências para refletir sobre os desafios impostos por questões sociais, econômicas e políticas da atividade audiovisual.