FLUVIOGRAFIAS CÊNICAS:
memórias e presenças de um corpo em travessias
Teatro. Corpo. Paisagem. Escritas de Si. Dramaturgia Pessoal. Poética Cênica.
O presente trabalho propõe a elaboração poético-cênica de um corpo situado no entre, este compreendido enquanto intersecção: entre a cidade de Belém e o interior marajoara, entre a narrativa e a cena, entre a palavra e a ação, entre a memória e a presença. O entre, aqui, se dispõe como meio de compreender a história de uma pesquisadora em seus processos de travessias físicas, escritas, registradas e recontadas. Autores amazônidas como Eidorfe Moreira e João de Jesus Paes Loureiro sustentam a ambientação desta pesquisa, guiando reflexões para uma travessia pessoal; há a busca de uma poética do espaço, como propõe Gaston Bachelard (1993). Além disso, a pesquisa dialoga com o conceito de “Dramaturgia Pessoal”, definida por Wladilene Lima (2004) e as chamadas Escritas de Si. Diante deste contexto, as seguintes questões emergem: 1) o corpo, enquanto organismo, pode constituir-se em uma paisagem – abordada neste trabalho à luz da geografia humanista? 2) este corpo pode expressar-se cenicamente, em consonância com um ambiente, no qual vive sua própria travessia por meio de escritos, viagens e memórias? 3) quais as relações entre o corpo, o texto e outros elementos de cena no processo de encenação? A partir destas interrogações, objetiva-se compreender a condição atingida pelo corpo da atuante, quando ele atravessa e é atravessado enquanto sujeito/objeto de uma poética desenvolvida em
cena. Quanto aos processos de elaboração e seus desdobramentos, esta pesquisa se entende como uma imersão fluviográfica, haja vista considerar paisagens, margens e fluxos expressos dos rios e nos rios cursados.
Enquanto dispositivo da prática, busca-se a linguagem corporal, os estados possíveis de composição cênica de um corpo extracotidiano e da “Corpografia” destacada por Juliano Jacopini (2016). Como procedimento metodológico, as fluviografias acompanham a ideia de pesquisa em arte proposta por Sônia Rangel (2009), adequada à linha de pesquisa de Poéticas e Processos de Atuação em Artes. Logo, a metodologia dar-se-á imersa na prática de criação cênica. Criar, atravessar e mergulhar configuram-se como os verbos de ação
para o ato cênico, trabalhando um estado cênico como realidade inscrita e presentificada em um corpo/ espaço de identificações da atuante, resultantes de suas travessias.O presente trabalho propõe a elaboração poético-cênica de um corpo situado no entre, este compreendido enquanto intersecção: entre a cidade de Belém e o interior marajoara, entre a narrativa e a cena, entre a palavra e a ação, entre a memória e a presença. O entre, aqui, se dispõe como meio de compreender a história de uma pesquisadora em seus processos de travessias físicas, escritas, registradas e recontadas. Autores amazônidas como Eidorfe Moreira e João de Jesus Paes Loureiro sustentam a ambientação desta pesquisa, guiando reflexões para uma travessia pessoal; há a busca de uma poética do espaço, como propõe Gaston Bachelard (1993). Além disso, a pesquisa dialoga com o conceito de “Dramaturgia Pessoal”, definida por Wladilene Lima (2004) e as chamadas Escritas de Si. Diante deste contexto, as seguintes questões emergem: 1) o corpo, enquanto organismo, pode constituir-se em uma paisagem – abordada neste trabalho à luz da geografia humanista? 2) este corpo pode expressar-se cenicamente, em consonância com um ambiente, no qual vive sua própria travessia por meio de escritos, viagens e memórias? 3) quais as relações entre o corpo, o texto e outros elementos de cena no processo de encenação? A partir destas interrogações, objetiva-se compreender a condição atingida pelo corpo da atuante, quando ele atravessa e é atravessado enquanto sujeito/objeto de uma poética desenvolvida em
cena. Quanto aos processos de elaboração e seus desdobramentos, esta pesquisa se entende como uma imersão fluviográfica, haja vista considerar paisagens, margens e fluxos expressos dos rios e nos rios cursados.
Enquanto dispositivo da prática, busca-se a linguagem corporal, os estados possíveis de composição cênica de um corpo extracotidiano e da “Corpografia” destacada por Juliano Jacopini (2016). Como procedimento metodológico, as fluviografias acompanham a ideia de pesquisa em arte proposta por Sônia Rangel (2009), adequada à linha de pesquisa de Poéticas e Processos de Atuação em Artes. Logo, a metodologia dar-se-á imersa na prática de criação cênica. Criar, atravessar e mergulhar configuram-se como os verbos de ação
para o ato cênico, trabalhando um estado cênico como realidade inscrita e presentificada em um corpo/ espaço de identificações da atuante, resultantes de suas travessias.