CAMPINA, UM FILME DE PROCESSO
Audiovisual, Cinema, fotografia, Campina, Paisagem, Arte, Processo de criação
O presente memorial de poética artística pretende refletir sobre o processo de criação do filme Campina. Trata-se da construção e idealização de um documentário híbrido ou também conhecido como docuficção em que se reúnem tanto aspectos do gênero documentário quanto da ficção. O filme, de maneira geral, aborda a paisagem do bairro da Campina em Belém e seus múltiplos aspectos, sendo, essa paisagem, composta de elementos simbólicos e residuais como a arquitetura, monumentos, placas e letreiros de lojas, acompanhados da paisagem humana, de seus habitantes que fazem do dia a dia da Campina, um bairro comercial. Para refletir sobre esse processo de realização, utilizamos o conceito de gesto inacabado de Cecília Salles (2014), mostrando que o processo de criação está sempre ativo e nunca cessa. Além disso, a pesquisa pretende revelar e apontar relações de poder e dominação na paisagem do bairro, utilizando-se, para tal, o conceito de invenção da paisagem segundo o pensamento de Anne Cauquelin e o de poder simbólico de Pierre Bourdieu.