A ESPETACULARIDADE DO ESTANDARTE DA IRMANDADE DE CARIMBÓ DE SÃO BENEDITO EM SANTARÉM NOVO-PA
PALAVRAS CHAVES: Estandarte, Espetacularidade, São Benedito, Matrizes Culturais.
Pautada na Etnocenologia como a etnociência dos estudos das Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados – PCHEO – (Pradier, 1996), a pesquisa tem no Estandarte da Irmandade de Carimbó de São Benedito em Santarém Novo–PA, seu objeto principal. Assim, o processo de construção desse trabalho, tramita pelo universo da religiosidade popular, da sacralidade ao profano, na medida em que ambas, por vezes, se movimentam sem criar fronteiras, (Brígida. 2016), se articulam e se conectam nas manifestações, sendo a religiosidade o fio condutor do hibridismo cultural revelado nas Irmandades de santos pretos, em suas crenças, seus sincretismos e suas absorções culturais no ambiente poético e imaginário do homem amazônida. Na construção da estrutura epistemológica e conceitual da pesquisa, mantive constante diálogo com Armindo Bião(2007) e Jean-Marie Pradier(1996), compreendendo a Espetacularidade nessas manifestações; com Santa Brígida (2015), vivi a prática metodológica a partir do conceito do artista-pesquisador-participante, imergindo no universo híbrido no qual Nestor Canclinni (2003) e Stuart Wall (2003) se unem à procissão das Identidades Culturais tão presentes nesse fenômeno; Com Mircea Elíade (1991) identifiquei que Imagens e símbolos são ensaios de um simbolismo mágico-religioso que atravessa a hierofania de uma gente que preserva suas matrizes e identificações afro-descendentes, na qual Vicente Salles (1971) e Célia Maria Borges (2005) descrevem com clareza o espólio cultural das Irmandades do Rosário dos pretos; E com Paes Loureiro (2005), mergulhei nas encantarias de uma realidade mágica, que emergem para a superfície dos rios e do devaneio, no Imaginário poético Amazônico. A pesquisa visa colaborar com a preservação e a manutenção da cultura amazônica.