Revisão crítica-onírica do território chamado Amazônia no sonho real de meias-verdades chamado Cinema
Amazônia, cinema, memória, revisão crítica.
A “Amazônia”, nascida como uma criatura da imaginação de um povo que projetava as suas obsessões num território já habitado por diversas outras etnias, é um fantasma que carrega consigo profundas e conflituosas questões. O cinema, no século XX-XXI, reatualiza e reconfigura, de forma mais ingênua ou mais crítica, várias destas questões. Este trabalho propõe formas de abordagem crítica dessa memória. Como artista-pesquisador, que experimenta diretamente o audiovisual e que acredita na potência epistemológica do cinema, parte significativa desta pesquisa ensaia-se dentro dessa linguagem, tendo como método a “remontagem”, o “remix”. Outra parte, não menos significativa, se ensaia através da palavra. Apresentando a trajetória e as buscas metodológicas do autor durante a sua própria revisão crítica, este trabalho aposta num processo pedagógico de constantes revisões individuais integrado à proposição de ações culturais que estimulem exercícios coletivos contínuos de reflexão histórica, política e estética acerca deste território que ainda chamamos “Amazônia”. Como propositor de um trabalho dentro da linha de História, Crítica e Educação em Artes, antes de pesquisador ou artista, me apresento enquanto cineclubista, e apresento esse texto como ponto de partida para uma educação como prática da liberdade.