ESTUDOS DE GÊNERO EM COLEÇÕES DE ARTE:
VISIBILIZAÇÃO DE CORPOS FEMININOS NA SEÇÃO ARTES VISUAIS DA COLEÇÃO AMAZONIANA DE ARTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Artes visuais na Amazônia brasileira. Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará. Estudos de gênero. Emancipação do corpo. Visibilidade.
O objetivo desta tese é analisar como o processo de emancipação de corpos que não se identificam como homens nas artes opera processos decoloniais de visibilidade de gênero na Seção Artes Visuais da Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará (UFPA). A hipótese apresentada nesta pesquisa é que artistas presentes na Amazoniana que não se identificam como homens utilizam a representação de corpos de forma emancipatória, em investigações estéticas radicais (Giunta, 2018), que fomentam discussões sobre processos decoloniais de visibilidade de gênero em obras do acervo. O conceito norteador é o sentido alargado de ‘visibilidade’, entendida como caráter/condição de algo a ser efetivamente percebido e/ou conhecido. A metodologia é de abordagem qualitativa, modalidade estudo de caso, sendo uma análise crítica de como artistas que não se identificam como homens fomentam discussões sobre visibilidade de gênero, utilizando três produções artísticas de mulheres integrantes do acervo: [1] “Impeachment” (Fotoperformance, 2007), de Lúcia Gomes; [2] “Loess” (Videoperformance, 2015), de Marise Maués; e [3] “Uiaras defendendo o paraíso” (Pintura, 2019), de Rafael Matheus Moreira. Esta tese contribui para o campo da crítica e curadoria de coleções de arte ao demonstrar que as discussões sobre visibilidade de gênero, nesse contexto, são um fator primordial para o reconhecimento da premissa decolonial que está no escopo da Coleção Amazoniana de Arte da UFPA.