MEMÓRIAS DAS ARTES CIRCENSES DE RUA EM BELÉM-PARÁ
Circo, arte de rua, circo de rua, memória
Essa tese se propôs a pensar os artistas circenses de rua atuais da região metropolitana de Belém como sujeitos históricos, sujeitos da memória. Pessoas e artistas com uma origem e trajetórias catapultadas por artistas formados pelas primeiras turmas de escolas de circo do Brasil e da América Latina (“viajeiros”). Artistas circenses de rua que são a todo instante invisibilizados por optarem pela rua como palco principal. A escrita se segue como um estudo sobre memória, adotando a descrição da estrutura de um espetáculo de circo de rua. Em um primeiro capítulo pretende-se realizar uma discussão sobre memória e os lugares de memória circense na cidade de Belém como a Escola Circo Mano Silva. Destacar a peculiaridades das artes circenses recentes na cidade. Fazer uma contextualização de como o circo itinerante ganha uma nova roupagem através de artistas circenses de rua no Brasil e especificamente em Belém. Em um segundo capítulo tentarei apresentar em linhas gerais a permeabilidade de artistas, grupos e trupes na cidade de Belém. Destacar aspectos ímpares de se trabalhar com linguagens do circo na região como existência de trupes e circos não itinerantes. Destaco principalmente a análise de memórias e trajetórias de vida dos sujeitos envolvidos com o movimento cultural circense na cidade. Como o “Encontro Semanal de Malabares e Circo”, um impulsionador para os muitos artistas circenses locais. Bem como o “Palco aberto”, uma forma de formação de plateia para o circo de rua em Belém autogerida e comunitária muito importante para o desenvolvimento de movimentos, grupos e coletivos de arte de rua envolvidos com circo (como Circopaíba e Circo Nós Tantos). E por fim apresentar de forma mais pormenorizada a minha relação com o circo, minhas memórias complementadas por outras memórias, nossas poéticas e dramaturgias.