MEMÓRIAS DA EDUCAÇÃO MUSEAL EM BELÉM:
UMA CARTOGRAFIA DE EXPERIÊNCIAS PLURAIS
Arte. Cartografia. Educação museal. Memória.
A pesquisa detém-se nos processos de educação museal experienciados em diversos museus públicos de Belém/PA por mim - artista, professora, pesquisadora, gestora e técnica cultural. Ocorre numa cartografia dessas experiências, situando-me como profissional de museu, em diversos espaços museológicos de Belém/PA ao longo de trinta anos, especialmente no Museu de Arte de Belém (MABE), onde além de exercer o cargo de técnica em assuntos culturais, na função de pesquisadora, atuei em sua gestão no período de 2017 a 2021. Teórica e metodologicamente os processos cartográficos tratados por Deleuze; Guattari (1995; 1997; 2012) e Rolnik (2016), além de outros autores, são referenciados, valendo-me das noções mobilizadoras de rizoma, dispositivo de memórias, território e ritornelo que compõem o seu vocabulário. Aciono três questões que orientam os percursos da pesquisa: Na desocultação e no tensionamento das políticas de estruturação e organização dos museus públicos, especialmente do MABE, qual o lugar da educação no museu? Que experiências podem fundamentar uma prática educacional em museus, capaz de enfrentar a hierarquização dos campos de conhecimento dos profissionais nesses espaços? Como decolonizar esse espaço museológico em processos de educação museal? A imagem-memória do pássaro mítico sankofa e a imagem-força da embarcação de Klinger Carvalho, obra de arte intitulada “Entre duas margens” que compõe o acervo do MABE, são as linhas imaginárias de agenciamento que deslocam, conduzem, e ancoram os processos de navegação cartográfica da tese, misturas de minhas leituras e experiências museológicas na composição de um mapa dessas práticas em seus desenvolvimentos e devires.