TEATRO DADIVOSO:
RITOS E ATOS POÉTICOS COMO PRÁTICAS DE CUIDADO DE SI E DE OUTRES
Poéticas dadivosas de cura. Potências de cuidado de si e outres. Processos de criação. Atos testemunhais. Ritualizações cênicas.
Esta tese é obra de criação experimental tramada por entre fios, linhas e fibras de fragmentos e ensaios que encenam atos poéticos e ritos de criação artística, ofertados em favor de cura ancestral e existencial por entre testemunhos de vida e de residência artística. Tessitura escrita advinda de afetações e de memórias, vividas ou inventadas, decorrentes de experimentações e de processos de criação da atriz-psicóloga-artista-criadora com as poéticas dadivosas de cura, como potências de cuidado de si e de outres. Trama-tese que parte da metáfora transformadora do ciclo de vida de borboletas transmutadas em devaneios poéticos, que produzem sentidos sobre o ato de pesquisar e de criar artisticamente. Trançada em espaços casulares e cruzada por outras vozes, dos que vieram antes e produziram outros enredos, presentificadas por entre as dobras, esquinas e encruzilhadas fêmeas por onde transita a pesquisa em arte e que constitue a confluência de caminhos metodológicos experimentados por entre dispositivos poéticos. Escritura testemunhal que visa contribuir para desterritorialização do ato de cuidar de determinados campos-poder de conhecimento, ao mesmo tempo territorializar sentidos de potências de cuidado ritualizadas em produções cênicas das poéticas dadivosas que estabelecem linhas de contato com outras áreas do conhecimento, científicas e não científicas, que acionam dimensões políticas, éticas-poéticas e espirituais.