DINAMITES DECOLONIAIS: CONSTRUÇÃO (RE)PERFORMÁTICA DE UMA AUTOETNOGRAFIA DISSIDENTE
Autoetnografia; Processos criativos; Performance; Território Sagrado.
Esta dissertação busca compreender o processo criativo de uma autoetnografia performática dissidente, denominada de “Flores para Pietá”, que visa, a partir de análise de esquemas simbólicos/reais, friccionar os territórios que o corpo gay vivencia, visto, aqui, Por dois vieses de análise, quais sejam: sexualidade e religião, mas que também perpassa outros territórios, como o território intrafamiliar (casa), o território subjetivo (corpo), e o território (urbano), com vistas a responder a questão problema, a saber: quais territórios pertencem os corpos homossexuais? No sentido de alcançar o objetivo geral, lanço mão das (os) seguintes autoras/autores para validar as proposições destes estudos: XAVIER (2010), BUTLER (2000), JANSEN (2004), FOUCAULT (1985), ELIADE (1957), PRECIADO (2003), ROLNIK (2008), entre outras (os). Para tanto, elejo como procedimento metodológico a autoetnografia (re)performática, ao partir das minhas memórias, do meu devir enquanto artista-pesquisador-professor, a orientar um percurso reflexivo sobre e a partir de corporeidades, compreendendo o corpo e suas (re)performances como um território potente para a produção de epistemologia. Para a construção desse trabalho é estratégico explorar as abordagens decoloniais relacionadas às questões de sexualidade e de religiosidade que fissuram e engendram condições dissidentes para a transformação do conhecimento privilegiado de certas representações do “coletivo” pelo olhar hegemônico opressor.