O TEATRO PRECISA DE TEATRO?
territorialização, (des)territorialização e (re)territorialização do movimento teatral em Belém do Pará nas conexões e trânsitos periferia-centro-periferia (1980 a 2000)
Espaço Teatral; Territórios; Grupos e artistas de Teatro; Belém.
Esta tese apresenta um estudo sobre territorialização, (des)territorialização e (re)territorialização do movimento teatral contemporâneo de Belém do Pará, a partir da conexão e trânsitos periferia-centro-periferia de artistas e grupos. A reflexão crítica sobre o espaço e o movimento teatral na cidade de Belém – o teatro precisa do teatro? – pelo viés da geografia, utilizando como referências os teóricos Anne Ubersfeld e Milton Santos, Valdir Roque Dallabrida, Rogério Haesbaert, onde o tema foi investigado a partir da problemática de que a natureza do lugar teatral é importante para se refletir o fazer teatral. Por ser artista e fundador do Grupo de Teatro PALHA, me metamorfosearei em cobra anfíbia, entre a água e a terra, trocando de pele e submergindo para tratar da trajetória dos artistas e Grupos, suas experimentações cênicas e sua relação com o lugar da ação, periferia-centro-periferia e subjetividade do fazer, tempo e lugar. Mas, precisarei retornar a superfície e permanecer bastante tempo iriado para compreender o preço da profundidade e tentar especificar certos princípios de coesão que unificaram as imagens superficiais dessa trajetória vivida pelo tempo de fazer teatro e de seu reordenamento do seu fazer, a partir do amadurecimento de um fenômeno ainda definido de forma “tateante”, como globalização, cujo objetivo maior ao fazer a comparação, é o de procurar compreender um fenômeno contemporâneo que capturou a todos: o da aceleração do tempo histórico, pois falar das questões do tempo e da modernidade seria então refletir sobre como este processo influenciou e influencia o fazer artístico desses artistas e grupos, resistentes e sobreviventes. Dialogando com a filosofia teatral, a história do teatro e dos estudos teatrais, na linha das teorias e interfaces epistêmicas, em conexões inter e transdisciplinares com outras áreas de conhecimento.