BAITOLAGEM COREOGRÁFICA: Diálogos possíveis entre Dança e Diversidade sexual e de gênero para um processo de autocriação
Dança, autocriação artística, experiência de si, gênero, sexualidade.
Objetivo, por meio desta pesquisa, tecer a Baitolagem Coreográfica como um processo de autocriação artística (LAVAND, 2021) que, por meio da insurreição de um corpo criador, gera caminhos para o tensionamento do dispositivo de violência e vigilância do gênero e da sexualidade, isto é a homofobia. Para isso, experiencio uma série de processos artísticos que podem ser lidos como práticas LGBTQIA+ na dança, bem como converso com autores do campo da pesquisa em artes/dança, tais como Silvio Zamboni (2001), Rita F. Aquino (2018), Sylvie Fortin e Pierre Gosselin (2014) e Brad Haseman (2015), para dobrar esta pesquisa enquanto uma pesquisa em Dança guiada-pela-prática; autores dos campos do processo criativo em artes/dança tais como Ana Flavia Mendes (2010), Cecilia Salles (2013) e André Lepecki (2012) pra articular a dança enquanto linguagem artística, processo de vida e fazer político; autores do campo dos estudos de gênero e sexualidade tais como Michel Foucault (1988), Daniel Borrillo (2016), Paul B. Preciado (2020) e Viviane Vergueiro (2016) para materializar linhas de força entre a Baitolagem Coreográfica e sua função social artivista dos direitos humanos, mais especificamente do direito a existência da comunidade LGBTQIA . Como reverberação desta pesquisa, a Baitolagem Coreográfica se apresenta enquanto uma processo de autocriação artística e, por conseguinte, como uma experiência de si que produz espaços de diálogo entre dança e diversidade sexual e de gênero capaz de inventar outros modos de operação com o corpo que tencionam o cis-heteropatriarcado , sistema de violência estrutural produtor da homofobia.