A Casa da Atriz: uma Cartografia Desassossegada das Sociabilidades de um Coletivo Teatral em Belém do Pará
Teatro; Cartografia Desassossegada; Coletivo Teatral; Sociabilidades; A Casa da Atriz.
A Casa da Atriz: uma Cartografia Desassossegada das Sociabilidades de um Coletivo Teatral em Belém do Pará assume como princípio criador arriscar-se por caminhos bifurcados, que a investigação das conviviabilidades deste coletivo teatral, exige. A pesquisadora sabe que para desbravar caminhos iniciais de uma cartografia precisa criar um território existencial entre as jornadas anteriores e o presente para compreender, a necessidade ou não, da existência da casa-útero. Tem como fundo da investigação, outras casas-sedes aqui reconhecidas como geografias interiores onde moradores e abrigos se confundem, convergindo memórias, sentimentos e poéticas. Como objeto, sensações dicotômicas existentes e habitantes em ambas as estruturas (viajante e casa). No meio dos caminhos, no entre, a escolha da pesquisadora é ser cartógrafa da alma e dos desassossegos, andarilha e moradora. Ao se lançar no caminho do pensamento poético, descobre nos traços dos passos deixados no asfalto fervente outros pés, então, sabe-se acompanhada por outros caminhantes em livros: Gaston Bachelard dizendo do bem mais precioso, o ter e o ser casa; Fernando Pessoa poetizando que os descaminhos desassossegados existentes nos planos das ideias e a vida não passam de um ensaio do poder vir a ser; Lewis Carroll e Alice como seres que arriscam o novo, o tempo todo; e Ítalo Calvino, presente nas linhas do imaginário, que retrata e reconhece através da fábula, o próprio habitat. Assumindo o erro e o inacabado como parte dos caminhos percorridos, a artista-pesquisadora precipita uma nova jornada.