A PERFORMANCE URBANA ENTRE O NORTE-NORDESTE DO BRASIL: práticas de imaginação política do corpo da cidade.
Performance urbana; descolonização; Cartografia; Reimaginação política; Desentendimento.
O presente trabalho de tese se constitui enquanto uma historiografia-curatorial-cartográfica, a luz de Deleuze e Guattari (2014) e Rolnik (2007), de performances urbanas que operam como práticas de imaginação política do corpo na cidade, ativando condições de aparecimento e reimaginação política de grupos historicamente minorizados, ao passo que corpo-significam desentendimentos nas noções reinantes da política hegemônica. Para isso, tomamos o espaço do Norte-Nordeste do Brasil, tanto enquanto campo de investigação de produções de performances urbanas, quanto para a contribuição de uma história da performance brasileira a partir das bordas da história. A formulação desse rizoma se dá por meio de fontes teóricas posta em contato, por meio de um pensamento não hierárquico, entre produções artistas e a experiência do pesquisador. Entre as fontes teóricas estão: Taylor (2013,2015,2020), no que tange os estudos da performance; Butler (2018) e Fabião (2010), disparadoras para o debate acerca do corpo; Berth (2023), Certeau (1998), Schwarcz (2019), no que tange os debates a respeito do espaço urbano; Cusicanqui (2010), Mbembe (2018), Foucault (2013), e Rancière (2018), pensamentos filosóficos disruptivos ao sistema social vigente. Deste modo, essa tese, ao passo que instaura um outro olhar para a formulação da história da arte da performance no Brasil, tanto no recorte geográfico que opera, quanto no modo de produção de história que põem em ação, também fortalece os estudos formulados por grupos historicamente minorizados, cartografando instrumentos possíveis de serem articulados e operados na luta contra as violências concentradas sobre corpos subalternizados.