CORDÃO ÚLTIMA HORA: Memórias e Visualidades das Máscaras e Barco-Alegórico do Carnaval das Aguas em Cametá (PA)
Cordão Última Hora; Memórias; Saber-fazer Artístico e Estético; Visualidades; Carnaval das Águas.
Esta pesquisa versa sobre as narrativas de memórias do cordão Última Hora, pertencente à manifestação cultural “Carnaval das Águas” localizada no Rio Tocantins, município de Cametá (PA). O objeto de estudo são as memórias de formação do cordão carnavalesco e os saberes artísticos acerca dos processos de criação e expressão artística e estética a partir das máscaras e do barco-alegórico que são dois elementos que constituem a visualidade desse cordão carnavalesco e sua relação com a paisagem ribeirinha. Para isso, o estudo tem como foco as memórias dos idealizadores e responsáveis pela formação do grupo cultural, assim como, os processos que envolvem o saber-fazer artístico das máscaras que compõem o figurino dos brincantes e da adaptação de um barco ribeirinho para o barco-alegórico utilizado pelo grupo cultural nas apresentações e brincadeiras que tem como itinerários os afluentes do rio Tocantins em Cametá. A pesquisa é de natureza qualitativa, teve como metodologia a pesquisa sobre Artes Visuais em aproximação com a perspectiva de abordagem da Antropologia Social e Cultural. O método de pesquisa envolveu a pesquisa bibliográfica e teórica e a pesquisa de campo, sendo utilizados os recursos da entrevista com os interlocutores, da observação e os registros audiovisuais captados entre os anos de 2014 e 2018. A abordagem conceitual envolve autores e pesquisas relativas ao tema, sendo eles em relação a tema da memória e identidade: Maurice Halbwachs (2006), Jan Assman (2008, p. 109-118) e Jöel Candau (2002); Carnaval, cultura popular e “Carnaval das Águas”: Mikhail Bakhtin (2013), Roberto da Matta (1997), Felipe Ferreira (2004), tese e dissertação respectivamente de Miguel Santa Brígida (2003) e Viviane Menna Barreto (2005); Saber-fazer e os processos de criação: Michel de Certeau (2014), Cecília Salles (2012); Paisagens e visualidade Amazônica: João de Jesus Paes Loureiro (2015) e Anne Cauquelin (2000).