Crianças de um Planeta Chamado Combu
Ilha do Combu; Igarapé Perequitaquara; Belém; Territorialidade; Criança. Ensino da Arte
Esta pesquisa é uma escuta cuidadosa e uma interlocução visual e de palavras que realizei com um grupo de crianças na Ilha do Combu, no ano de 2015, quando estava como docente de artes nas três turmas do Anexo Escolar Santo Antônio que fica localizado no Igarapé Perequitaquara. Ao longo de um ano letivo desenvolvemos diversas atividades que resultaram na construção de mapas, imagens e textos delas, as crianças, e de um planeta chamado Combu. A pesquisa se situa no território insular sul, da Ilha do Combu, no Igarapé Perequitaquara, em Belém. Conectei o conhecimento de autores como Tetsuro Watsuj (2016), João Dergan (2006), Jocilete Ribeiro (2010) e Arjun Appadurai (1996) articulando diferentes disciplinas em igualdade com a fala de moradoras e moradores do Periquitaquara para falar desse território. Na escritura do texto dialoguei com Ana Mae Barbosa (1998), Jorge Larrosa (2017), Walter Benjamin (2002), Mirian Celeste Martins (2012) para descrever alguns modos de fazer em artes descrevendo atividades e minha metodologia em sala de aula. E finalmente encontrei com Ailton Krenak (2015), Paulo Freire (2003), Rosilene Pereira Holiparkorhó (2013) para ver e ouvir com olhos e ouvidos atentos quem são as crianças do Igarapé Periquitaquara a partir delas e de suas produções escritas, visuais, de suas falas, seus corpos e de toda poesia que são.