IMAGEM ATIVISTA E CULTURA DIGITAL: dispositivos de afeto sapatão na Amazônia.
Palavras-chave: Imagem Ativista. Cultura Digital. Ativismo Sapatão. Lesbofeminismo Amazônico.
A área temática desta pesquisa enverada pelos caminhos do ativismo e da cultura digital, com recorte na produção visual lesbo-ativista na Amazônia paraense, as quais denomino sapativistas, tendo como objeto de estudo as imagens das ações dos coletivos Sapato Preto Amazônida e Ativismo Lésbico Amazônida (Rede ALAMP), utilizando seus respectivos perfis na rede social Instagram como fonte primária de coleta de dados, para compreender como se manifesta o ativismo amazônida e suas expressões visuais, especialmente as lesbo-feministas, em um período marcado pela presença cada vez mais predominante do meio digital como espaço fundamental, não só às interações sociais como também às manifestações de lutas por visibilidade e direitos, e, no caso do ativismo lésbico, como dispositivo de afeto sapatão. Com o objetivo de analisar esta imagética, destacando suas iconografias, como são expressadas, o que expressam e/ou a quem expressam, busco aportes teórico-metodológicos que versam sobre epstemologias sapatãs, com base em Curiel (2013), Arc (2009), Rich (2012), Anzaldúa (2000, 2005), nos estudos queer, como os presentes em Cvetkovich (2003, 2021), Mckinney (2020) e Ahmed (2006, 2014), e nas interseções entre os temas imagem ativista e cultura digital, presentes em Prata (2016, 2021, 2022), T. Silva (2016) e Abella (2016), sem prescindir de diálogos com a decolonialidade, que foi norteadora para muitas das escolhas referenciais deste estudo.