“Efeito da variação ambiental sobre comunidades de adultos de libélulas (Insecta: Odonata) em igarapés da Amazônia Oriental"
Habitat físico, diversidade-beta, Odonata, agricultura familiar.
No Brasil encontram-se a maior parte das áreas protegidas (AP) do mundo, especialmente localizadas na Amazônia. Atualmente o bioma amazônico possuem 73% de APs do Brasil ou 111 milhões de hectares, sendo 37% de uso integral e 63% de uso sustentável. Apesar desses números parecerem muito altos, a biodiversidade não tem sua conservação assegurada, uma vez que a população aumenta a cada ano, bem como, as demandas por alimentos, produtos e serviços que resultam em modificações dos ecossistemas que muitas vezes estão nos arredores ou até mesmo dentro das APs. Além disso, muitas vezes as unidades de conservação (UC) são criadas sem levar em conta critérios biológicos e por isso, não apresentam grande eficiência, ou contém apenas uma pequena parcela de táxons. Muitos grupos como por exemplo, os aquáticos geralmente são preteridos nessa seleção, apesar de serem muito sensíveis as modificações ambientais e habitarem um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. Nesse estudo usaremos Odonata como organismo modelo para avaliar a variação do habitat em uma área protegida e seu entorno, testando as seguintes hipóteses: 1) os igarapés localizados dentro de APs terão maior riqueza e composição singular de espécies; 2) a variação da diversidade beta Odonata será explicada principalmente pelo turnover, devido a grande variação de requerimentos de habitat existente entre as espécies. Para responder a essas perguntas, amostramos 30 igarapés, sendo 17 na AP e 13 no entorno, onde foram mensurados características de habitat físico e dados da distribuição das espécies.