“EFEITO DA PLANTAÇÃO DE PALMA DE
DENDÊ (Elaeis guineensis Jacq.) SOBRE A FAUNA DE CARNÍVOROS NA
FLORESTA AMAZÔNICA”
Palma de dendê, Carnívoros, Armadilhamento fotográfico, Censo Visual.
Atualmente a monocultura de Plantação de Palma de dendê é uma das atividades consideradas promissoras para a região Amazônica. Este cultivo tem sido favorecido pelas condições ambientais (clima e solo) e o baixo custo de produção na região. No Estado do Pará, responsável por 90% da produção nacional, estima-se que mais de 140 mil ha de área estejam ocupados com a monocultura, que apresenta como principais impactos a substituição da cobertura vegetal nativa pela matriz de palmeira de dendê que estão ligados a mudanças na complexidade ambiental, como na estrutura da paisagem e no microclima. Estudos desenvolvidos em áreas de monocultura de palmeira de dendê, principalmente na região da Malásia, tem mostrado que os efeitos sobre a fauna pode variar dependendo das características ecológicas dos táxons e de suas relações com o ambiente. Na Amazônia poucas discussões mostram como os efeitos desta atividade podem afetar a fauna e flora local, principalmente questões a cerca do grupo da mastofauna de carnívoros, que nos últimos anos têm se mostrado um grupo bastante sensível aos efeitos provocados por pressões antrópicas, que tem como consequências a degradação da floresta e mudanças na paisagem. Neste contexto este trabalho de pesquisa visa investigar os efeitos da plantação de palmeira de dendê sobre mamíferos da ordem Carnívora em uma região de Floresta Amazônica. O estudo será realizado no município de Tailândia, Pará, em uma área de fragmentos florestais e plantação de palma de dendê. Serão utilizados 16 trilhas de 4 km cada, sendo 8 em floresta e 8 em plantação de palma, que serão monitoradas pela metodologia de censo visual por transecções lineares e armadilhamento fotográfico. Algumas métricas ambientais serão mensuradas como: índice de vegetação de umidade (MVI), área basal, distância perpendicular da matriz de palma ou floresta e distância de corpos d’água, para avaliarmos como as mudanças na paisagem afetam a ocorrência de carnívoros na região.