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Banca de DEFESA: JOSE ROBERTO PEREIRA DE SOUSA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSE ROBERTO PEREIRA DE SOUSA
DATA: 27/05/2014
HORA: 08:00
LOCAL: Auditorio Arlindo Pinto - Instituto de Ciências Biológicas - UFPA
TÍTULO: COMUNIDADES DE MOSCAS CALLEPHORIDAE E ARCOPHAGIDAE (DIPTERA, OESTROIDEA) NO ESTADO DO MARANHÃO: DIFERENÇAS ENTRE AS ZONAS FITOGEOGRÁFICAS E INFLUÊNCIA DOS FATORES AMBIENTAIS E ANTRÓPICOS
PALAVRAS-CHAVES: Moscas varejeiras; Heterogeneidade ambiental; impacto antrópico,
Califorídeos; Sarcofagídeos.
PÁGINAS: 163
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Comunidades de moscas Calliphoridae e Sarcophagidae (Diptera, Oestroidea) no estado do
Maranhão: Diferenças entre as zonas fitogeográficas e influência dos fatores ambientais e
antrópicos. Este estudo foi realizado nas cinco zonas fitogeográficas do estado do Maranhão,
no período da estação seca (estiagem), entre agosto e outubro de 2010, abril e outubro de
2011, e maio e novembro de 2012. Coletas utilizando armadilhas específicas para dípteros
saprófagos foram realizadas em 90 áreas, sendo 45 preservadas e 45 antropizadas, distribuídas
entre as zonas fitogeográficas, sendo três delas mais heterogêneas quanto ao grau de
complexidade da vegetação (Cerrado, Mata de cocais, Floresta Amazônica) e duas mais
homogêneas (Campos de baixada e Manguezal). As hipóteses testadas foram: 1) as diferenças
em termos de heterogeneidade ambiental entre as zonas fitogeográficas influenciam os
padrões de composição, riqueza e abundância de dípteros califorídeos e sarcofagídeos; 2)
esses padrões são afetados pela alteração antrópica nas zonas fitogeográficas; e 3) os padrões
de abundância e riqueza desses táxons são influenciados pelos fatores ambientais (abióticos e
bióticos) nas zonas fitogeográficas. Foram coletados 15.304 califorídeos, distribuídos em três
subfamílias, sete gêneros e 13 espécies; sendo quatro delas Comuns (31%), seis
Intermediárias (46%) e três Raras (23%). Da família Sarcophagidae, foi coletado um total de
10.772 espécimes, todos pertencentes à subfamília Sarcophaginae, distribuídos em 15
gêneros, 11 subgêneros e 52 espécies, sendo cinco Comuns (10%), 13 Intermediárias (25%) e
34 Raras (65%). As comunidades de califorídeos e sarcofagídeos apresentaram maior riqueza
de espécies nas zonas com maior complexidade estrutural da vegetação (exceto Sarcophagidae
na zona Floresta Amazônica). Quanto à composição, as comunidades de califorídeos e
sarcofagídeos foram distribuídas evidenciando o gradiente da estrutura da vegetação (das
zonas mais heterogêneas para as mais homogêneas), sendo que apenas para os sarcofagídeos
houve a separação da Floresta Amazônica das demais zonas. Os padrões de abundância das
espécies de califorídeos, Lucilia eximia, Chloroprocta. idioidea, Chrysomya megacephala e
C. albiceps, e de sarcofagídeos, Peckia. (Sarcodexia). lambens, Oxysarcodexia intona, P.
(Peckia) chrysostoma e Trichaea (Sarcophagula) occidua diferiram entre as diferentes zonas
fitogeográficas, sendo estas espécies, as que mais contribuíram para dissimilaridade entre as
zonas. A alteração antrópica causou a diminuição da riqueza de espécies de califorídeos nas
zonas Mata de cocais e Campos de baixada, e aumentou a riqueza de sarcofagídeos na
Floresta Amazônica. A antropização afetou a composição das espécies de califorídeos em quatro zonas fitogeográficas, sendo o Cerrado a única exceção. Em relação aos sarcofagídeos,
à composição das espécies foi afetada pela antropização apenas na Floresta Amazônica. Os
padrões de abundância das espécies de calíforideos, C. idioidea, C. megacephala, L. eximia e
C. albiceps, e de sarcofagídeos, T. S. occidua; P. S. lambens, O. intona e P. P. chrysostoma,
diferiram entre os ambientes das zonas fitogeográficas, sendo estas espécies as que mais
contribuíram para a dissimilaridade entre os ambientes preservados e antrópicos. Quanto aos
fatores ambientais, a profundidade de serapilheira influenciou positivamente a riqueza de
espécies de califorídeos; e a densidade de árvores ou arbustos, altura de vegetação e
temperatura influenciaram negativamente a riqueza de sarcofagídeos. Os padrões de
abundância das espécies L. eximia, C. idioidea, H. semidiaphana e M. bicolor foram
influenciados positivamente pela profundidade de serapilheira e a altura de vegetação,
enquanto os das espécies C. albiceps e C. macellaria foram influenciados positivamente pela
abertura de dossel. Já para as espécies de Sarcophagidae, a abertura de dossel influenciou
positivamente P. S. lambens e T. S. occidua. A altura da vegetação e densidade de árvores ou
arbustos, influenciaram positivamente as espécies P. E. collusor e O. intona. Dessa forma,
demonstrou-se que a composição e os padrões de riqueza e abundância de algumas espécies
dessas famílias são influenciados pela heterogeneidade ambiental. Porém, as alterações
antrópicas nas zonas fitogeográficas podem afetar estes parâmetros e causar efeitos diferentes
nestes táxons quanto à riqueza ou seja, aumento em sarcofagídeos e diminuição em
califorídeos; como também aumento da abundância das espécies associadas com ambientes
alterados. Além disso, a riqueza e a abundância sofre influência de fatores ambientais,
principalmente os relacionados com a estrutura da vegetação. Essas diferentes respostas
sugerem a possibilidade da utilização destes táxons para detecção de alteração antrópica nos
ambientes e também para o monitoramento de áreas conservadas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CÁTIA ANTUNES DE MELLO PATIU
Interno - 1878084 - LEANDRO JUEN
Presidente - 2153179 - MARIA CRISTINA ESPOSITO
Interno - 561.189.459-34 - ROGÈRIO ROSA DA SILVA - MPEG
Externo à Instituição - SIMAO DIAS VASCONCELOS FILHO
Notícia cadastrada em: 12/05/2014 10:43