ANÁLISE FILOGENÉTICA, PROPOSIÇÃO E DESCRIÇÃO DO GRUPO DE ESPÉCIES E. SEXDENS DO SUBGÊNERO Edessa FABRICIUS (HETEROPTERA, PENTATOMIDAE, EDESSINAE)
subgênero Edessa; grupo sexdens; taxonomia; sinonímia, combinação nova, filogenia.
A família Pentatomidae é a terceira com maior número de espécies dentro de Heteroptera, possui dez
subfamílias, dentre elas a subfamília Edessinae. A subfamília Edessinae é a segunda maior em
número de espécies dentro de Pentatomidae (Hemiptera, Heteroptera). Atualmente a subfamília é
composta por 17 gêneros, dentre eles o gênero Edessa que não possui características diagnósticas
claras e apresenta muitos problemas de taxonomia e de nomenclatura. Dentro do gênero Edessa existe
o subgênero nominal. Esse subgênero foi recentemente revisado por Silva (2017), com base em uma
análise cladística em que vários grupos de espécies foram propostos. O subgênero se mostrou
monofilético e composto por aproximadamente 160 espécies. Dentre esses grupos existe um que é
composto por aproximadamente 74 espécies (23 espécies descritas e 51 espécies novas para a ciência)
e aqui é tratado como grupo E. sexdens, este é considerado o maior grupo de espécie do subgênero.
As espécies que pertencem ao grupo E. sexdens foram poucas representadas no trabalho de Silva
(2017), aparecendo em dois ramos filéticos distinto. O grupo E. sexdens é caracterizado por possuir
a genitália masculina com parâmeros com três lobos; processo superior da taça genital de formato
laminar; e os segmentos do conexivo com um par de manchas escuras. Com isso, o objetivo desse
trabalho foi propor a atualização da diagnose do subgênero Edessa e do grupo E. sexdens e análise
cladística do grupo de espécies E. sexdens. Foram feitas descrições, medições e fotografias do corpo
em vista dorsal e ventral e da genitália da fêmea e do macho; bem como, mapas para verificar a
distribuição das espécies. A análise cladística foi feita como base em uma matriz de dados feita no
programa Mesquite. A matriz foi calculada no programa TNT e o cladograma foi editado no programa
WinClada. A máxima parcimônia foi usada para rodar a análise cladística. Foi utilizado à pesagem
implícita (k=3). Para verificar os valores dos índices de suporte dos clados foi utilizado o suporte de
bremer relativo e o método symmetric resampling. Como resultados foi refeita a descrição do
subgênero Edessa, foi proposto o grupo E. sexdens e apresentadas as descrições das 74 espécies do
grupo. Foi feita uma chave de identificação para o grupo E. sexdens, dez nomes foram sinonimizados
e a espécie E. (E.) magnifica foi transferida do gênero Olbia para o gênero Edessa. A matriz final é
composta por 90 caracteres morfológicos e 94 táxons, sendo 20 táxons compondo o grupo externo e
74 táxons compondo o grupo interno. Com base no cladograma o subgênero se mostrou monofilético,
assim como na análise de Silva (2017) e o grupo E. sexdens também se mostrou monofilético,
diferente da análise de Silva (2017). O grupo de espécies E. sexdens possui uma boa resolução interna
baixa e a adição de mais caracteres na análise é necessária para melhorar essa resolução.