“SISTEMÁTICA E DIVERSIFICAÇÃO DOS GÊNEROS HYLOPEZUS E MYRMOTHERA (AVES: GRALLARIIDAE) ”
SISTEMÁTICA; DIVERSIFICAÇÃO; GÊNEROS; HYLOPEZUS; MYRMOTHERA.
Os avanços recentes no campo da sistemática de aves, especialmente com a inclusão de
caracteres moleculares e vocais, tem levado a uma melhor compreensão dos processos
históricos que geraram a diversidade de aves do Neotrópico e a um grande número de
rearranjos sistemáticos e taxonômicos (Zink & Blackwell-Rago, 2000; Aleixo, 2002;
D’Horta et al., 2008; Zimmer, 2008; Navarro-Sigüenza et al., 2008; Rheindt et al.,
2008).
Atualmente, existem diversas hipóteses que tentam explicar a diversidade presente e sua
distribuição espacial, entre as principais podemos citar: a Hipótese paleogeográfica
(Emsley, 1965); o modelo das barreiras ripárias (Wallace, 1852; Gascon et al., 2000); a
hipótese dos refúgios (Haffer, 1969; 1997); a hipótese dos rios-refúgios (Ayres, 1992); e
a hipótese de perturbação-vicariância (Colinvaux, 1993). Embora essas varias hipóteses
biogeográficas tenham sido formuladas, apenas poucos estudos têm testado os padrões
filogenéticos dos táxons Neotropicais (Derryberry et al., 2011; Patel et al., 2011;
d’Horta et al., 2012; Ribas, et al., 2011; Smith et al., 2013, Bryson et al., 2014). E
apesar do grau de complexidade das hipóteses propostas, alguns estudos (Bates et al.,
1998; Tobias, et al., 2008; Antonelli, et al., 2010) tem proposto que a história evolutiva
da biota neotropical pode ter sido influenciada por um mosaico de diferentes modelos
ao longo do tempo, sugerindo um passado ainda mais complexo do que o previsto pelas
hipóteses existentes.